Carro elétrico não é a solução para o cenário de transportes no Brasil,
definiu o secretário de Petróleo, Gás Natural e Combustíveis Renováveis
do Ministério de Minas e Energia (MME), Marco Antônio Martins Almeida,
em evento realizado nesta quarta-feira (29), no Rio de Janeiro (RJ).
Debatendo soluções para o abastecimento de combustíveis em seminário do
governo estadual dedicado ao etanol, Almeida definiu o carro elétrico
como uma boa alternativa para a diminuição da poluição nas grandes
cidades, mas uma solução incompleta.
“A energia a ser suprida [para ser armazenada nos carros elétricos]
exigiria uma fonte adicional, que tem de ser fóssil”, explicou o gestor,
que defende o investimento em melhoria na eficiência dos motores dos
carros flex.
Almeida também destacou a importância do veículo híbrido flex, com
motor a combustão que pode ser abastecido com gasolina e/ou etanol
somado a gerador elétrico -- tecnologia teoricamente simples, mas ainda
não viabilizada, vale dizer. “O nível de consumo é a metade de um
veículo normal. Se eu conseguir expandir a frota de veículos híbridos
eficientes, a demanda diminui”, afirmou.
O secretário apontou ainda que os níveis atuais de consumo de
combustíveis e a demanda crescente, em especial da gasolina, têm
alarmado o governo, que procura alternativas para o médio e longo prazo,
evitando gastos excessivos com importação de combustíveis.
Segundo o Sindicato Nacional das Distribuidoras de Combustíveis, o
aumento do consumo de gasolina, somente nos últimos três anos, foi de
mais de 50% em relação ao volume consumido em 2008.
- Modelos híbridos, como o Ford Fusion (acima) e o Toyota Prius, seriam mais úteis à realidade nacional e contariam com apoio com governo, desde que equipados com motor a combustão flex
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