Preço alto não impede o crescimento das vendas do iPhone no Brasil, que agora deve ser produzido no País
Menos de um mês após a apresentação do iPhone 4S, o mais recente modelo do smartphone da Apple foi homologado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Agora, o início das vendas no Brasil depende dos detalhes da negociação entre empresa e operadoras. Nenhuma delas disse quando pretende iniciar a venda do telefone ou se ele chega ainda neste ano.
Pela primeira vez, o iPhone deve ter produção local aqui no Brasil. O certificado de homologação cita a unidade brasileira da Foxconn, em Jundiaí (a 60 quilômetros de São Paulo), como um dos dois lugares onde o aparelho é fabricado, além da unidade de Shenzen, na China.
Pela primeira vez, o iPhone deve ter produção local aqui no Brasil. O certificado de homologação cita a unidade brasileira da Foxconn, em Jundiaí (a 60 quilômetros de São Paulo), como um dos dois lugares onde o aparelho é fabricado, além da unidade de Shenzen, na China.
Mas, enquanto as operadoras dos Estados Unidos vendem o telefone da Apple por a partir de US$ 199 (R$ 348) – e o 3GS gratuitamente (leia mais na reportagem abaixo) –, por aqui as empresas ainda não deram sinais de que vão adotar a mesma estratégia de preço baixo ou como a produção local vai reduzir o valor final do aparelho.
O iPhone 4 é oferecido pelas operadoras brasileiras por preços que variam atualmente entre R$ 899 e R$ 2.159 conforme o plano, o que faz dele um dos aparelhos mais caros da categoria mesmo nos planos pós-pagos, em que as empresas costumam subsidiar o valor dos aparelhos. No caso da Vivo, há um plano especial só para o iPhone – com mensalidade maior – em que o celular tem um preço entre R$ 549 e R$ 1.449.
Na média, o preço do iPhone no Brasil está distante do valor gasto pelos brasileiros por um smartphone. Segundo a Nielsen, os consumidores pagaram em média R$ 569 por um aparelho do tipo no primeiro semestre, 17% a menos do que um ano antes (R$ 687).
Isso não impediu o aumento das vendas. O iPhone representa 10% dos smartphones vendidos no Brasil. Há um ano, ele tinha 5,8%. Seu principal concorrente, o Android, disparou, passando 2,8% para 39.4% e puxou os preços dos smartphones para baixo, com modelos mais em conta.
Para Thiago Moreira, diretor de Telecom da Nielsen Brasil, o impacto da carga tributária no País e os contratos com as operadoras são alguns dos responsáveis pelo preço alto. “A realidade dos mercados é diferente”, diz. “Lá nos EUA eles fizeram um preço agressivo porque têm os contratos com as operadoras. Aqui o iPhone sai nesse valor, mas ainda assim é um objeto de desejo. Você encontra aparelhos Android mais baratos, mas a Apple ainda é uma marca premium.”
Nenhum comentário:
Postar um comentário