Gafes em redes sociais colocaram McDonald's, Skol, Bis, Visou e outras marcas na mira dos internautas este ano
McDonald's e o tiro pela culatra
Em janeiro, o McDonald's viu uma ação de marketing no Twitter ir por água abaixo após de lançar uma hashtag em seu perfil chamada #McDstories.
A intenção era convidar os consumidores do fast-food a contar momentos tocantes vividos nas lanchonetes da marca.
A campanha, porém, foi invertida por tuiteiros que não tiveram boas
experiências e começaram a publicar mensagens negativas, contando casos
pouco lisonjeiros como uma unha encontrada no BigMac e até exemplos de
infecção alimentar. A hashtag não demorou a entrar nos Trending Topics
mundiais - e resistiu a sair.
NRA e o tiroteio na estreia de Batman
A Associação Nacional de Rifles (NRA na sigla em inglês) nos Estados
Unidos, sentiu na pele o efeito de um tuíte agendado fora de contexto:
postou uma mensagem em apoio às armas após um tiroteio ocorrido no
cinema na cidade de Aurora, Colorado, durante a sessão de pré-estreia do
filme Batman - Dark Knight Rises. Poucas horas depois da morte de 12
pessoas no dia 20 de julho, o texto anunciava: “Bom dia, atiradores! Boa
sexta-feira! Algum plano para o fim de semana?” A entidade defendeu-se
dizendo que o post fora criado antes da tragégia.
Skol e o patrocínio quadrado
Em outubro, a marca de cervejas era patrocinadora oficial do Festival
de Pagode Salvador, que marcou o retorno aos palcos da banda New Hit,
cujos integrantes estavam sendo acusados de estupro. A reação nas redes
sociais não foi nada positiva.
Em comunicado enviado à imprensa, a Skol informou que, em respeito aos
consumidores, "suspendeu o patrocínio até que a questão envolvendo uma
das atrações seja esclarecida".
Bis e o seu canal do Youtube
A ambiguidade pode ser muito útil às peças publicitárias, mas quando é
acidental o resultado costuma gerar, muitas vezes, uma saia-justa. Foi o
caso da identidade escolhida pela marca Bis para seu canal do Youtube.
Rapidamente, os internautas associaram o “CANAL BIS” à Cannabis e a
disposição dos chocolates foi comparada com a folha da maconha na fan
page da marca. O chocolate da Lacta rapidamente tirou a campanha do ar.
Sephora e o "mensalão" da moda
O Conar abriu em agosto deste ano três processos contra blogueiras de
moda brasileiras para investigar a suspeita de propaganda velada em seus
posts. A ação teve como alvo a varejista de cosméticos francesa,
Sephora, e as blogueiras Thássia Naves, Lala Rudge e Mariah Bernardes.
Foi a primeira vez no país em que o Conar investiga irregularidades na
veiculação de publicidade em blogs.
Visou e um barraco gratuito
A reprodução de um desrespeitoso diálogo iniciado através do Facebook
entre a jornalista Nina Gazire e a loja virtual "Visou" varreu a
internet por causa do tratamento no mínimo chocante dado pela loja à
cliente, que reclamava da demora na entrega de um produto comprado.
Os xingamentos e ofensas chegaram ao baixo calão, com a empresa
sugerindo que a cliente deveria “procurar um macho”. O atendente disse
ainda que não enviaria o produto à consumidora. Após a repercussão
negativa, a loja emitiu uma nota oficial pedindo desculpas.
Triton e a promoção cancelada
A Triton Eyewear, grife de óculos e relógios, deixou alguns de seus
seguidores do Twitter revoltados após uma repentina promoção durante o
jogo final do Corinthians pela Libertadores. Perto do término da
partida, o perfil oficial da empresa postou: "Vai Corinthians! Quem der
RT ganha óculos @tritoneyewear se o Corinthians for campeão!". A
mensagem foi apagada, a promoção, cancelada, e a empresa alegou que sua
conta foi invadida por um hacker
Snickers e os tuítes pagos
Em janeiro, a marca de chocolates Snickers pagou a celebridades do
Reino Unido para postarem fotos de si mesmas comendo as barras de doce
em seus perfis nas redes sociais. Nenhuma sinalização de que se tratava
de um anúncio, no entanto, foi veiculada. O departamento de defesa do
consumidor britânico alegou que a marca deveria explicitar que as fotos
eram patrocinadas, e abriu investigação contra a infração.
Belvedere: tirado do ar às pressas
Em março, a vodka norte-americana Belvedere retirou um anúncio do ar às
pressas depois que a peça gerou uma polêmica na internet sobre a
insinuação de abuso sexual. Postada na página da marca no Facebook, a
propaganda mostrava a imagem de uma mulher olhando de forma
aterrorizada, enquanto um homem a segurava pelas costas. O texto dizia:
"Ao contrário de certas pessoas, Belvedere sempre desce suave".
Segundos após a publicação, uma enxurrada de comentários começou a
debater os valores da marca e seu possível menosprezo a abusos sexuais.
Percebendo a reação negativa, a Belvedere rapidamente retirou o anúncio
do ar.
O varejo e a tempestade Sandy
Primeiro, a fabricante de roupas American Apparel achou que os
habitantes das regiões afetadas pela tempestade Sandy, nos Estados
Unidos, pudessem estar entediados com a situação. Resolveu então "dar
uma ajuda": lançou uma promoção por email oferecendo 20% de desconto em
compras. Pouco depois, foi a vez da Gap seguir o caminho desastroso: a
rede publicou um tuíte lembrando a todos potencialmente afetados pelo
furacão Sandy que seria um dia normal de compras na loja online da
empresa. A mensagem acompanhava um check-in da marca no "Frankenstorm
Apocalypse-Hurricane Sandy". Não pegou nada bem.
Política e a avó de Obama
Em outubro, foi a vez da grife de eletrodomésticos e utensílios para
cozinha KitchenAid pedir desculpas depois de publicar no Twitter uma
mensagem em que faz uma brincadeira sobre a avó do presidente dos
Estados Unidos Barack Obama, já falecida.
"Até a avó de Obama sabia que seria ruim! Ela morreu três dias antes de
ele se tornar presidente. ??? Wow! #nbcpolitics", dizia o tuíte da
@KitchenAidUSA, postado durante o primeiro debate da campanha
presidencial americana.
A marca apagou o tuíte imediatamente, e em seguida, pediu desculpas:
"Mais profundas desculpas por um tuíte irresponsável, que de forma
alguma representa a opinião da marca. #nbcpolitics".
Asus e o sexismo
Um post descuidado no Twitter causou grande estrago para a Asus em
junho deste ano. “A traseira parece ótima, assim como o novo Transformer
AiO”. A frase apareceu no perfil oficial da empresa junto com uma foto
mostrando uma jovem de costas, ao lado do recém anunciado computador
Transformer AiO.
O tuíte foi apagado poucos minutos depois, quando começaram a circular
mensagens classificando-o como machista. Mas, como sempre acontece
nessas situações, era tarde demais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário