quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Os maiores desastres das marcas nas mídias sociais em 2012


Gafes em redes sociais colocaram McDonald's, Skol, Bis, Visou e outras marcas na mira dos internautas este ano

McDonald's e o tiro pela culatra

Em janeiro, o McDonald's viu uma ação de marketing no Twitter ir por água abaixo após de lançar uma hashtag em seu perfil chamada #McDstories.
A intenção era convidar os consumidores do fast-food a contar momentos tocantes vividos nas lanchonetes da marca. A campanha, porém, foi invertida por tuiteiros que não tiveram boas experiências e começaram a publicar mensagens negativas, contando casos pouco lisonjeiros como uma unha encontrada no BigMac e até exemplos de infecção alimentar. A hashtag não demorou a entrar nos Trending Topics mundiais - e resistiu a sair.

NRA e o tiroteio na estreia de Batman

A Associação Nacional de Rifles (NRA na sigla em inglês) nos Estados Unidos, sentiu na pele o efeito de um tuíte agendado fora de contexto: postou uma mensagem em apoio às armas após um tiroteio ocorrido no cinema na cidade de Aurora, Colorado, durante a sessão de pré-estreia do filme Batman - Dark Knight Rises. Poucas horas depois da morte de 12 pessoas no dia 20 de julho, o texto anunciava: “Bom dia, atiradores! Boa sexta-feira! Algum plano para o fim de semana?” A entidade defendeu-se dizendo que o post fora criado antes da tragégia.


Skol e o patrocínio quadrado

Em outubro, a marca de cervejas era patrocinadora oficial do Festival de Pagode Salvador, que marcou o retorno aos palcos da banda New Hit, cujos integrantes estavam sendo acusados de estupro. A reação nas redes sociais não foi nada positiva.
Em comunicado enviado à imprensa, a Skol informou que, em respeito aos consumidores, "suspendeu o patrocínio até que a questão envolvendo uma das atrações seja esclarecida".


Bis e o seu canal do Youtube

A ambiguidade pode ser muito útil às peças publicitárias, mas quando é acidental o resultado costuma gerar, muitas vezes, uma saia-justa. Foi o caso da identidade escolhida pela marca Bis para seu canal do Youtube.
Rapidamente, os internautas associaram o “CANAL BIS” à Cannabis e a disposição dos chocolates foi comparada com a folha da maconha na fan page da marca. O chocolate da Lacta rapidamente tirou a campanha do ar.


Sephora e o "mensalão" da moda

O Conar abriu em agosto deste ano três processos contra blogueiras de moda brasileiras para investigar a suspeita de propaganda velada em seus posts. A ação teve como alvo a varejista de cosméticos francesa, Sephora, e as blogueiras Thássia Naves, Lala Rudge e Mariah Bernardes. Foi a primeira vez no país em que o Conar investiga irregularidades na veiculação de publicidade em blogs.


Visou e um barraco gratuito

A reprodução de um desrespeitoso diálogo iniciado através do Facebook entre a jornalista Nina Gazire e a loja virtual "Visou" varreu a internet por causa do tratamento no mínimo chocante dado pela loja à cliente, que reclamava da demora na entrega de um produto comprado.
Os xingamentos e ofensas chegaram ao baixo calão, com a empresa sugerindo que a cliente deveria “procurar um macho”. O atendente disse ainda que não enviaria o produto à consumidora. Após a repercussão negativa, a loja emitiu uma nota oficial pedindo desculpas.


Triton e a promoção cancelada

A Triton Eyewear, grife de óculos e relógios, deixou alguns de seus seguidores do Twitter revoltados após uma repentina promoção durante o jogo final do Corinthians pela Libertadores. Perto do término da partida, o perfil oficial da empresa postou: "Vai Corinthians! Quem der RT ganha óculos @tritoneyewear se o Corinthians for campeão!". A mensagem foi apagada, a promoção, cancelada, e a empresa alegou que sua conta foi invadida por um hacker


Snickers e os tuítes pagos

Em janeiro, a marca de chocolates Snickers pagou a celebridades do Reino Unido para postarem fotos de si mesmas comendo as barras de doce em seus perfis nas redes sociais. Nenhuma sinalização de que se tratava de um anúncio, no entanto, foi veiculada. O departamento de defesa do consumidor britânico alegou que a marca deveria explicitar que as fotos eram patrocinadas, e abriu investigação contra a infração.


Belvedere: tirado do ar às pressas

Em março, a vodka norte-americana Belvedere retirou um anúncio do ar às pressas depois que a peça gerou uma polêmica na internet sobre a insinuação de abuso sexual. Postada na página da marca no Facebook, a propaganda mostrava a imagem de uma mulher olhando de forma aterrorizada, enquanto um homem a segurava pelas costas. O texto dizia: "Ao contrário de certas pessoas, Belvedere sempre desce suave".
Segundos após a publicação, uma enxurrada de comentários começou a debater os valores da marca e seu possível menosprezo a abusos sexuais. Percebendo a reação negativa, a Belvedere rapidamente retirou o anúncio do ar.


O varejo e a tempestade Sandy

Primeiro, a fabricante de roupas American Apparel achou que os habitantes das regiões afetadas pela tempestade Sandy, nos Estados Unidos, pudessem estar entediados com a situação. Resolveu então "dar uma ajuda": lançou uma promoção por email oferecendo 20% de desconto em compras. Pouco depois, foi a vez da Gap seguir o caminho desastroso: a rede publicou um tuíte lembrando a todos potencialmente afetados pelo furacão Sandy que seria um dia normal de compras na loja online da empresa. A mensagem acompanhava um check-in da marca no "Frankenstorm Apocalypse-Hurricane Sandy". Não pegou nada bem.


Política e a avó de Obama

Em outubro, foi a vez da grife de eletrodomésticos e utensílios para cozinha KitchenAid pedir desculpas depois de publicar no Twitter uma mensagem em que faz uma brincadeira sobre a avó do presidente dos Estados Unidos Barack Obama, já falecida.
"Até a avó de Obama sabia que seria ruim! Ela morreu três dias antes de ele se tornar presidente. ??? Wow! #nbcpolitics", dizia o tuíte da @KitchenAidUSA, postado durante o primeiro debate da campanha presidencial americana.
A marca apagou o tuíte imediatamente, e em seguida, pediu desculpas: "Mais profundas desculpas por um tuíte irresponsável, que de forma alguma representa a opinião da marca. #nbcpolitics".


Asus e o sexismo

Um post descuidado no Twitter causou grande estrago para a Asus em junho deste ano. “A traseira parece ótima, assim como o novo Transformer AiO”. A frase apareceu no perfil oficial da empresa junto com uma foto mostrando uma jovem de costas, ao lado do recém anunciado computador Transformer AiO.
O tuíte foi apagado poucos minutos depois, quando começaram a circular mensagens classificando-o como machista. Mas, como sempre acontece nessas situações, era tarde demais.






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