Ao invés de descontos, o evento anunciou produtos 0,06% mais caros no dia em que foi realizado, em 23 de novembro, além de acréscimos de 8,5% nos dias 21 e 22 de novembro
O que se espera de uma megaliquidação ? A resposta é absurdamente óbvia, mas não foi o que aconteceu na edição brasileira da Black Friday
que, ao invés de descontos, anunciou produtos 0,06% mais caros no dia
em que foi realizada, em 23 de novembro, além de reajustes de 8,5% às
vésperas do evento, nos dias 21 e 22 de novembro. O decepcionante cenário
foi constatado por um estudo realizado pelo Programa de Administração
de Varejo (Provar) e da Felisoni Associados em parceria com a Íconna,
empresa especializada em softwares capazes de confrontar os preços de
produtos idênticos em lojas virtuais.
Publicados na edição desta
quinta-feira 13 pelo jornal O Estado de S. Paulo, os dados mostram que
mesmo depois da Black Friday, entre os dias 26 e 30 de novembro, os
preços recuaram apenas 0,29%, enquanto nos Estados Unidos, berço da
megaliquidação anual que acontece após o Dia de Ação de Graças - um dos
principais feriados americanos, comemorado no dia 22 de novembro - os
descontos chegam a alcançar 50%.
Cadê o desconto ?
Eletrodomésticos, eletrônicos, bebidas, aparelhos de imagem e som e
itens de informática, estão entre os 1.728 produtos investigados em 12
lojas eletrônicas, que também possuem comércios físicos. Segundo o
levantamento do Provar, fica claro que os varejistas aumentaram os
preços antes da Black Friday, promovendo uma liquidação disfarçada. A
alta já havia atingido cerca de 600 produtos desde o dia 12 de novembro.
No dia do evento, somente 48 itens registraram preços mais baixos e 88
produtos sofreram acréscimo. Do total de mercadorias pesquisadas, 1.592
permaneceram com seus custos estáveis.
Nenhum comentário:
Postar um comentário