Multinacional confirma compra da brasileira e manterá marca
Com metas agressivas de crescimento, englobando a
busca pela liderança no mercado brasileiro de PCs, a Lenovo confirmou
nesta quarta-feira (5) a aquisição da CCE, empresa nacional de
eletroeletrônicas fundada em 1964. A manobra segue duas das principais
metas da multinacional de origem chinesa: investir em países emergentes e
no chamado PC+, que engloba as “quatro telas”: PC, smartphones, tablets
e TVs.
“Estamos adquirindo uma empresa de grande força
perante o consumidor brasileiro e de longa história no país”, destacou
Dan Stone, presidente da Lenovo no Brasil. “A CCE tem a expertise e a
capacidade de fazer com que a Lenovo chegue a seus objetivos no país
mais rapidamente. O Brasil vai se tornar, com certeza, um dos maiores
mercados de PC+ do mundo para a nossa empresa”, acrescentou Yang
Yuanqing, chairman e ceo da Lenovo globalmente – que veio a São Paulo
exclusivamente para o anúncio da aquisição.
Segundo o ceo da CCE, Roberto Sverner, a maca
brasileira será mantida no mercado, não apenas absorvida pela
multinacional. Ainda de acordo com o executivo, a gestão da empresa
também continua nas mãos dos antigos diretores. “Sabemos que nossa
experiência e capacidade são mais que suficientes para ajudar a Lenovo a
crescer no Brasil. Nossa história continua com a certeza de muito mais
novidades por vir”, destacou.
Dois públicos
Além de não ter planos para uma possível
unificação das marcas, aposentando a CCE e mantendo a global Lenovo, a
empresa já traçou como planos um posicionamento diferenciado para a nova
empresa, baseado na presença atual e conceito já estabelecido pela
operação. “Queremos transformar a CCE na melhor marca para os chamados
‘first time buyers’, aqueles que estão adquirindo determinados produtos
pela primeira vez”, explicou Humberto De Biase, diretor de marketing da
Lenovo.
Pela divisão, a CCE foca-se no chamado mercado
emergente ou classe C, oferecendo opções de smartphones, tablets, PCs e
TVs. Já a Lenovo, presente no Brasil há cinco anos, mas apenas no último
deles voltada ao varejo – anteriormente 100% focada no mercado
corporativo –, mantém um posicionamento mais premium. Da CCE, porém, ela
deve herdar a pluralidade. “Com certeza essa expertise pode nos ajudar a
lançar produtos além de PCs no mercado brasileiro com a marca Lenovo”,
complementou De Biase.
Com a compra da CCE, a Lenovo passa a possuir
cerca de 7% de market share no segmento de PCs no Brasil, o que a
posiciona na terceira posição, tecnicamente empatada com Dell e HP. Para
assumir a liderança planejada, a empresa provavelmente terá que dobrar o
índice, ultrapassando a Samsung e chegando aos cerca de 15% em posse da
líder Positivo Informática.
Nenhum comentário:
Postar um comentário