Quando olhamos para um logo da Coca-Cola, do símbolo da Nike, do ícone
do Android ou até mesmo para o boneco gordinho da Michelin, às vezes
esquecemos que aquilo representa uma organização. Na verdade, tudo isso
são exemplos de elementos que compõem uma marca. Alguns autores já
chegaram a listar até quarenta elementos que podem formar a identidade
de uma. Eu elenco sete grandes e menciono aqui o que é cada um, para que
servem e como enxergá-los com a sua devida importância.
Nome
Logotipo
É a forma como se escreve ou a tipologia que se usa para escrever o
nome da marca. E a escolha da fonte deve obedecer à essência de sua
marca, ou seja, uma fonte mais chapada como Brastemp ou uma fonte e
variações de cores que a Google usa, ou então algo mais caligráfico e
rebuscado como é o caso da Coca-Cola. O fato é: dependendo da tipologia
adotada, a percepção da marca pelo consumidor pode ser mais distinta do
que se imagina. Vale a pena perder um pouco de tempo com isso.
Símbolo
É a imagem ou figura que representa sua marca. É a parte que pode ser
identificada, mas não falada pelo consumidor. Como exemplo, temos a maçã
da Apple, ou o swoosh da Nike, ou o jacaré da Lacoste, ou então o ninho
de passarinhos da Nestlé. E por que quase todas as marcas que
conhecemos sempre elegem um símbolo para se identificar e se comunicar
conosco? Simplesmente pelo motivo de que nosso cérebro memoriza melhor
imagem do que palavra. Pode ser mesmo uma questão de psicologia
cognitiva, pois o ser humano reconhece e grava melhor um símbolo do que
palavras. Apenas isso.
Mascote
Embalagem
É a roupa da sua marca, é o invólucro que se elege para vestir um
produto e sua marca. E quando falamos de embalagem, desde o material até
o design escolhido, ela também carrega potentes elementos de identidade
e diferenciação de uma marca.
Registro
Tão importante quanto selecionar nomes, símbolos, logotipos, mascotes e
embalagem para sua marca, a sua proteção legal é uma etapa de
fundamental importância. Criou um nome para sua marca? Vá ao site do
INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) e consulte se há
registros dos elementos que você criou.
Brand equity (valor de marca)
O autor Joel Axelrod definiu com perfeição o conceito de brand equity:
"É a importância a mais que um consumidor paga para obter a sua marca
preferida e não um produto parecido sem o nome de sua marca". Podemos
dizer que a Diesel, por exemplo, tem um brand equity fantástico, pois
quando alguém paga cerca de R$ 2 mil para ter uma calça jeans, a pessoa
poderia comprar outra, fisicamente parecida, por módicos R$ 79,90. Dessa
forma, todo esforço de branding que você imprime na sua marca deve
visar ao aumento do brand equity do produto.
Por Marcos Hiller, publicado originalmente no Administradores.
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