Preferência do consumidor pelo atendimento das feiras livres mostra que as marcas ainda têm muito o que aprender quando o assunto é relacionamento com o cliente
O corpo franzino de José Joaquim Dias contrasta com a robusta simpatia
que ele vem espalhando pelos últimos 54 anos em uma feira da Chácara
Santo Antônio, região Sul da capital paulista. Mesmo sem comprar suas
flores, os fregueses fazem questão de saudá-lo. Também não passam
despercebidos pelo carismático vendedor de carnes Antônio César Alfaro
(que aparece na foto acima), que atrai a atenção para a qualidade do seu
produto por meio de brincadeiras e piadas. Colorida, movimentada,
descontraída e democrática, as milenares feiras livres esbanjam o que
todo ponto de venda moderno mais cobiça: a admiração dos clientes pelo
atendimento prestado.
É o que aponta uma pesquisa da Sax,
recém-lançada empresa especializada na ciência do consumo, que convidou
os dez mil jovens conectados à rede colaborativa It´s Noon para
responder à pergunta: “como você é atendido?”. De uma escala de um a
cinco, as feiras livres ganharam 3,9 pontos, seguidas pelas padarias
(3,7); farmácias (3,5); fast-foods (3,4); lojas de roupas (3,3); área
comum dos shopping- centers (3,2); lojas de eletroeletrônicos e
supermercados (ambos empatados em sétimo lugar, com três pontos), bancos
(2,4); e lojas de telefonia (2,2).
Citada por 89% da amostra, a
ausência de burocracia nas feiras livres sustenta o ranking, apoiado
ainda pela percepção de que esses são espaços mais tolerantes (81%); sem
problemas operacionais (88%); e personalizados (47%). Na outra ponta,
estão as lojas de telefonia, consideradas cheias e com frequentes falhas
de sistema (79%); repletas de promessas exageradas (78%); displicentes
(71%); e impessoais (56%). “Funciona como um alerta. Falta pensar de
fato nas pessoas”, afirma Eduardo Schubert, um dos fundadores da Sax, ao
lado de Érika Agostino e Jorge Kodja.
Leia a íntegra desta matéria na edição 1524, de 27 de agosto, do Meio & Mensagem
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