O grupo Guardian Media, que controla os jornais ingleses "The Guardian" e
"The Observer", anunciou perdas de £ 44 milhões (cerca de R$ 140
milhões) no ano passado, sob a influência de gastos com investimento na
abertura on-line de seu conteúdo, que não é pago, e na produção de
conteúdo exclusivo para plataformas digitais.
O faturamento das soluções digitais não foi suficiente para cobrir
perdas em publicidade que os jornais têm enfrentado no Reino Unido.
Devido ao resultado, a empresa prevê um programa de demissão voluntária
para dispensar entre 70 e 100 profissionais e economizar £ 7 milhões (R$
22 milhões). A empresa tem cerca de 650 funcionários.
O editor-chefe das duas publicações, Alan Rusbridger, anunciou que o grupo precisa reduzir os custos da operação jornalística.
COMMODITY
Em comunicado interno para os funcionários, Rusbridger disse que a
operação de ambos os títulos "será menor" e que os jornais devem "fazer
menos do que chamamos 'jornalismo
de commodity' e mais do tipo de jornalismo que temos feito".
Jornalismo de commodity é uma denominação para notícias produzidas a
partir de informações não exclusivas, que outras empresas jornalísticas
também possuem.
Reconhecido pela qualidade jornalística e pelo modelo de negócios aberto
na internet, o "Guardian" é bastante elogiado por adotar uma posição
mais aberta e mais participativa com seus leitores, com uma ampla
integração do jornal nas redes sociais.
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