quarta-feira, 6 de junho de 2012

O desafio de comercializar conteúdo digital


O consumo de conteúdos digitais está em clara expansão, o que consequentemente gera uma maior demanda por produtos e serviços disponíveis virtualmente. Isso inclui entretenimento online; sejam músicas, filmes, jogos, livros digitais, aplicativos, programas de TV ou notícias. De acordo com um levantamento realizado pela Nielsen em 2011, pela primeira vez na história da indústria fonográfica dos EUA a comercialização de downloads de músicas superou a de CDs, sendo responsável por 50,3% das vendas registradas.

 
Para atender essa crescente demanda, o modelo de negócios e a infraestrutura das empresas precisam se adaptar para a perenidade do setor. Algumas das principais características para o sucesso do comércio online de entretenimento é oferecer variedade de conteúdo, personalização e uma experiência de compra e uso positivas. A questão-chave é que ninguém quer se preocupar com burocracias na hora de se divertir, não é mesmo? O mercado de games é um grande exemplo nesse sentido. O jogador está no meio da partida e decide buscar um determinado recurso ou personalizar algum item, mas para comprá-lo precisa parar o jogo por alguns minutos. Pronto! É o que basta para que muitas vezes ele desista do complemento. Oferecer uma plataforma funcional para o jogador é, portanto, fundamental para a fidelização e a ampliação da gama de clientes. 
 
A saída é melhorar a experiência do usuário, adotando um processo mais intuitivo e conveniente, no qual seu momento de entretenimento é preservado. Para a loja ou plataforma de conteúdo digital, por sua vez, também é importante ter flexibilidade dentro do seu modelo de negócios. E vender produtos digitais de modo rentável requer uma solução de pagamentos adequada para cada perfil e experiência de usuário. Ou seja, o modelo de processamento de pagamentos é um aspecto crítico do negócio; seja pela fronteira de diferentes moedas, aceitação ou não de cartões internacionais ou pela simples conveniência de realizar a transação em poucos passos. É como no antigo fliperama: acabou o crédito, basta inserir uma ficha.
 
Como a decisão de compra de produtos e conteúdos digitais geralmente acontece por impulso, o ato do pagamento precisa ser tão rápido quanto. Do contrário, perde-se o interesse ou outra informação ganha a atenção do consumidor, fazendo-o desistir da compra. Portanto, adotar soluções de pagamento que permitam ao cliente adquirir um produto ou serviço sem finalizar ou ter que sair dos sites de jogos, notícias, músicas ou vídeos em que estão no momento da compra, é imprescindível. Os usuários querem entretenimento a qualquer momento e em qualquer dispositivo, seja um laptop, celular ou tablet. A saída é oferecer um mecanismo de pagamento flexível e adaptado para tais meios.
 
Definitivamente, as mudanças e o crescimento explosivo de novas formas de distribuição de conteúdo são agora a norma. Do meu ponto de vista, as possibilidades são ilimitadas e estou curioso para acompanhar cada passo dessa evolução no relacionamento entre consumidores e conteúdos.
 
Por Mario Mello, presidente do PayPal Brasil
 

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