Volta rápida: Nissan Frontier 2013
Fundação mais sólida para encarar dois ciclones americanos
No olho do furacão os ventos não passam de 32 km/h. Esse é um período de
calmaria passageira, já que, na sequência, virão rajadas acima dos 250
km/h com resultados quase sempre devastadores. O segmento de picapes
vive esse momento de tranquilidade. Só na aparência. Em um piscar de
olhos chegam dois ciclones americanos dispostos a jogar seus
concorrentes pelos ares: Chevrolet S10 (cujo teste você confere nesta
edição) e Ford Ranger, ambas renovadas depois de 17 anos.
Se
o temporal é inevitável, cada um prepara seus alicerces da melhor
maneira. Sem a modernidade e aparência atualizada das rivais, a Nissan
Frontier aposta na força para ganhar a briga. Você se lembra do motor
2.5 turbodiesel de 172 cv, aclamado pela Nissan como o “mais potente do
segmento”? Pois ele está ainda mais forte e até 10% mais econômico,
segundo os japoneses.
Na versão 4X4 os 172 cv se transformaram
em 190 cv devido a mudanças na injeção e no cabeçote, entre outras. O
torque foi de 41,1 mkgf para 45,8 mkgf. Na 4X2, de 36,3 mkgf para 41,1
mkgf; a potência, de 144 cv para 163 cv.
TEMPESTADE
Valentia
continua sendo a marca da Frontier. Esqueça os cv extras: com ou sem
esse acréscimo de potência, a picape segue eficaz no off-road e
confortável no asfalto. O motor empurra as duas toneladas sem
dificuldadese o trabalho da suspensão em terrenos esburacados é
exemplar. O câmbio manual de seis marchas, muito bem escalonado, é outro
destaque da picape, que não disfarça o ronco metálico do motor a diesel
na cabine.
O preço da Frontier está, em média, R$ 5 mil mais
alto, o que não quer dize rque ela deixou de ser uma boa opção de
custo-benefício no segmento. A tempestade está a caminho. E, dessa vez,
nada de pôneis saltitantes. O horizonte está cheiode nuvens negras.
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