A quarta edição do evento mostrou que o Brasil definitivamente conquistou espaço no mundo dos grandes festivais, sem dever em nada às grandes arenas da Inglaterra ou da Califórnia.
Não na revelação de estrelas em ascensão ou de novos movimentos musicais, mas na comunhão da indústria musical, patrocinadores e organizadores.
Roberta Medina, a chefona do festival, definiu com primor: foi uma imensa "Disney".
Com sua roda gigante, tirolesa, luminosos de refrigerante, brindes e promoções, o evento mostrou ao espectador-consumidor que, sim, um mundo melhor é possível.
E se não fosse bem ali, bastava ir até a rua ao lado, uma réplica de New Orleans que, de tão perfeita, tinha pinta de cenário do CSI Miami.
Ou simplesmente recostar no confortável gramado de campo de golfe sintético. Adeus à lama!
O festival foi um sucesso arrebatador. Principalmente para os patrocinadores, que souberam usá-lo com maestria.
É ilusão pensar de milhares de jovens estavam ali ávidos para digerir mensagens publicitárias.
Mas ao contrário dos sessentões de Woodstock, é uma geração que não se importa em interagir com as marcas, desde que se identifiquem com elas.
Neste Rock in Rio, o brand experience, ou seja lá como definem hoje os manuais de marketing, sem dúvida fez seu show à parte.
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