Além dos prejuízos econômicos das paralisações, a equipe da presidente Dilma Rousseff teme que as greves tragam a reindexação de salários pela inflação passada e pressionem ainda mais uma futura alta nos preços, informa reportagem de Natuza Nery e Renato Machado para a Folha.
A íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL (empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).
Turbinada por uma pauta considerada ambiciosa de reivindicação, a multiplicação de greves acionou um alerta no Planalto. Todas as categorias hoje pedem reajustes acima da inflação no período.
Outros setores já foram contemplados este ano com aumento superior às perdas no período.
A conta é amarga para uma economia com problemas de alta nos preços, pois pressiona a inflação futura.
A preocupação aumentou do governo após sindicatos dos trabalhadores dos Correios terem rejeitado acordo negociado pela direção da estatal. Funcionários da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil e técnicos da área de educação também estão parados. Categoria com forte poder de negociação, os bancários, em greve desde a semana passada, reivindicam um reajuste salarial de 12,8%.
A avaliação é que a reposição da inflação pressiona preços futuros em um momento de muitas dúvidas sobre a dinâmica da economia nos próximos meses.
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