A Volvo usou o deserto do Atacama como cenário para o lançamento da linha VM de caminhões pesados e semipesados para atender a legislação de emissões de poluentes.
Os lançamentos da terceira geração da linha VM trazem a tecnologia SCR (Redução Catalítica seletiva, do inglês Selective Catalytic Reduction), sistema baseado no tratamento de gases de escape. Os novos caminhões serão produzidos na fábrica da Volvo em Curitiba (PR).
Essa tecnologia já era utilizada pela empresa em seus parques fabris na Europa, mas o custo para adequar os novos caminhões à legislação de emissões Euro 5/Proconve P7, que entra em vigor em 1º de janeiro de 2012, chegou a US$ 50 milhões. Já está em testes a versão dos caminhões com câmbio automático, hoje responsável por 70% das vendas das outras linhas.
Além da adequação à nova legislação, o montante custeou outras novidades da linha VM, como computador de bordo e novo painel.
Com a nova legislação, os caminhões recém lançados devem custar cerca de 15% mais. Embora falte apenas três meses para a vigoração da nova legislação, Reinaldo Serafim, gerente de caminhões da linha VM, ainda não sabe dizer se haverá uma "corrida" de transportadoras em busca da novidade.
"É muito difícil avaliar agora, porque tem clientes que ainda não possuem conhecimento profundo sobre a nova tecnologia enquanto outros já estão antecipando as compras", conta.
Apesar disso, a expectativa de vendas para o próximo semestre é de alta. "O mercado por si só deve estar muito forte no segundo semestre", diz Serafim. O mercado brasileiro de caminhões pesados e semipesados deve totalizar 55.000 vendas em 2011 e as vendas da Volvo já apresentavam alta de 60% no primeiro semestre do ano em comparação ao mesmo período de 2010.
Já a previsão para o próximo ano é de que as vendas não devem manter o mesmo ritmo. "Vemos um mercado positivo para 2012, mas mais conservador que 2011. Se as vendas forem para baixo, vamos sentir esse impacto no faturamento", Roger Alm, presidente da Volvo do Brasil.
O mercado nacional completa dois anos como o mais importante para a companhia, seguido dos Estados Unidos. De 2009 até o final de 2011, a montadora somará US$ 250 milhões em investimentos no país, além de R$ 50 milhões em um centro de logística de peças de produção.
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