Para quem quer fugir das preocupações de administrar um imóvel, mas não perder o bonde da alta de preços, os fundos do setor imobiliário são uma boa opção. Eles permitem o investimento com gestão terceirizada e, geralmente, mais especializada do que a do dono dos recursos.
"A primeira vantagem é a simplicidade. Há alguém comprando por você, negociando preços, resolvendo problemas. O investidor recebe o rendimento líquido do aluguel, menos despesas do fundo", diz o diretor da Rio Bravo, José Diniz.
Além disso, eles permitem uma diversificação maior, já que investem em diversos imóveis ao mesmo tempo. "O risco do fundo é significativamente menor do que o de um imóvel só", afirma Luiz Paulo Pompéia, diretor da Embraesp (Empresa Brasileira de Estudos do Patrimônio).
"Se você pega todo o seu dinheiro e compra uma loja em um shopping center e ela vai mal, se prejudica. Mas, se compra 20 lojas em 20 shoppings, você dilui muito seu risco", diz Roberto Zentgraf, professor do Ibmec-RJ.
O fundo Shopping Pátio Higienópolis, da Rio Bravo, rendeu 11,58% em 12 meses até julho, considerando ganhos mensais mais valorização do preço da cota.
O fundo Shopping Pátio Higienópolis, da Rio Bravo, rendeu 11,58% em 12 meses até julho, considerando ganhos mensais mais valorização do preço da cota.
No entanto, se um dos locatários de imóveis do fundo fica inadimplente, o rendimento do cliente é diretamente afetado.
BOVESPA
Hoje, há 56 fundos imobiliários listados na Bovespa -para ter isenção fiscal, eles precisam ter suas cotas negociadas em Bolsa e ter mais de 50 cotistas, sendo que nenhum deles com mais de 10% do patrimônio do fundo.
De acordo com o site Fundo Imobiliário, que faz um levantamento com 35 dos fundos listados, o ganho médio em 12 meses foi de 18,89%, ante 11,17% do CDI.
Em comparação com os imóveis, os fundos ainda ganham em termos de liquidez.
"No fundo, posso desinvestir apenas uma parcela do que foi apliquei. No caso do imóvel, vou ter de vendê-lo inteiro e isso leva muito mais tempo", diz José Alves, da TRX Realty.
A gestora tem um fundo em parceria com a Caixa Econômica Federal, aberto para captação, com aplicação mínima de R$ 10 mil.
É preciso ficar atento, porém, já que o volume de negociações dessas cotas no mercado secundário ainda é baixo, e a venda delas pode levar algum tempo.
Além disso, ante outros investimentos, como o Tesouro Direto e os fundos de renda fixa, a liquidez deles ainda é bastante baixa.
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