"Publicidade tem que fazer a diferença na vida das pessoas"
Marcelo Tripoli, CEO da iThink,
agência digital independente, bateu um papo com o Adnews durante o El
Ojo 2012. O publicitário, que também foi jurado em Conteúdo, revelou os
motivos do fraco desempenho do Brasil na categoria.
Para Tripoli, a atuação brasileira demonstra uma realidade do país. "O
desempenho reflete um pouco do que a gente vê na maturidade do mercado
brasileiro com relação a estes novos formatos de comunicação,
onde a fórmula tradicional não se aplica [...], é um reflexo do modelo
vigente de criação brasileira que valoriza acima de tudo o modelo da
publicidade clássica”, analisa.
Tripoli acredita que há certa confusão quando chega a hora de inscrever
as peças, o que dificulta a atuação brasileira. “Tem muita agência nova
no Brasil, que não são das redes tradicionais, que estão fazendo um
excelente trabalho nessa área de conteúdo, nessa área de publicidade não
tradicional. Muitas dessas agências ainda não conhecem
o El Ojo. A categoria de conteúdo teve um total de 70 inscrições, ainda
é pouco se comparado com Interativo - com mais de 400 inscritos - e
Impresso - mais de 700”, explica.
O CEO da iThink - que possui clientes como Vivo, Ruffles e Santander no
portfólio - também disse o que é preciso fazer para se dar bem na área.
“Qualquer agência que quiser fazer um bom trabalho em conteúdo tem que
entender que publicidade hoje significa também que a marca deve ajudar a
agregar algum valor na vida das pessoas. Várias apresentações aqui
falaram disso e o os próprios cases que ganharam a categoria de conteúdo
mostram isso. [...] Essa é a grande mudança da publicidade que o
mercado discute e que o Brasil ainda tem que evoluir muito. A publicidade hoje, para ser relevante, tem que fazer a diferença na vida das pessoas”, finaliza.
Por Leonardo Araujo
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