Seis meses depois de a Lexus retomar as operações
no Brasil, sua arquirrival Infiniti deve finalmente anunciar que
venderá carros no país. As duas marcas japonesas são as divisões de luxo
da Toyota e da Nissan, respectivamente.
A presença no Brasil do chefão da Infiniti, Johan de Nysschen, que
assumiu o cargo este ano justamente para aproximar a marca dos mercados
emergentes (e fascinados com o luxo), é uma boa pista de que a operação
local da marca está prestes a ser confirmada.
- Infiniti M dá uma voltinha em São Paulo
Nysschen, ex-CEO da Audi nos Estados Unidos, estará em São Paulo no
próximo fim de semana para acompanhar a última prova de F1 da temporada
2012, em Interlagos, na qual Sebastian Vettel, piloto da RBR (Red Bull
Racing) e garoto-propaganda da Infiniti, pode conquistar o tricampeonato
mundial. A japonesa firmou parceria tecnológica com a RBR, que já
utiliza motores Renault. A marca francesa é a nave-mãe da aliança com a
Nissan, controladora da Infiniti.
UOL Carros não pode confirmar os detalhes, mas um dos pontos da agenda de Nysschen em São Paulo é um pronunciamento sobre a Infiniti.
Seria o fim do suspense causado pelas aparições de carros da marca
circulando disfarçados no Brasil, que a Nissan costumeiramente finge que
estão apenas passando por "testes de suspensão". Um deles foi um exemplar do Infiniti M, que no Japão chama-se Fuga e usa o emblema da Nissan (a Infiniti não é vendida por lá).
BRASIL NA SÉRIE A
Caso se confirme a vinda da Infiniti, o Brasil deve ter até 2015 as
três divisões "especiais" das principais fabricantes de veículos
japonesas. A Honda prometeu trazer a Acura em cerca de dois anos. Ambas,
mais a Lexus, têm como principal mercado os EUA, onde a maior parte dos
modelos de Nissan, Toyota e Honda é tratada como banalidade.
Mas mercados automotivos ainda longe da maturidade, de países que têm
sido atraentes para o dinheiro global no século 21, são a bola da vez --
e por isso a Infiniti começa a fabricar carros na China já em 2014;
também por isso, não dá para imaginar que ela fique fora do Brasil,
ainda mais devido ao posicionamento cada vez mais popular dos produtos
Renault e Nissan. O grupo precisa vender carros com grande margem por
aqui, além de formar gama para enfrentar Hyundai e a trinca alemã Audi,
BMW e Mercedes-Benz.
Em tempo: em março último, quando surgiu o primeiro Infiniti M disfarçado em São Paulo, UOL Carros
afirmou que, se esse carro viesse ao país, ainda faltaria à Nissan um
sedã grande antes de a "escadinha" de modelos chegar ao andar de luxo da
submarca. Pois deixou de faltar quando foi confirmada, no Salão de São
Paulo, a importação do Altima.
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