Previsto para este ano, o lançamento do "minibairro" planejado Jardim
das Perdizes, na Barra Funda (zona oeste de São Paulo) pode ficar apenas
para 2013.
Maior projeto da construtora Tecnisa, o empreendimento fica em um
terreno de 250 mil metros quadrados (quase 30 campos de futebol) e vai
criar 16 ruas e avenidas.
Segundo a Tecnisa, o atraso ocorre por causa de estudos e relatórios de
impacto de vizinhança solicitados pela Câmara Técnica de Legislação
Urbanística, órgão da prefeitura que dá aval a empreendimentos
imobiliários.
A empresa diz que partes dos relatórios estão prontas e que deverão ser
aproveitadas nos novos documentos. Eles serão apresentados na próxima
reunião da câmara, prevista para 13 de dezembro.
Além da Tecnisa, participam do negócio as empresas PDG e BV Empreendimentos.
As companhias não divulgaram o investimento, mas o VGV (Valor Geral de
Vendas) total do empreendimento foi calculado em R$ 4 bilhões.
O terreno, margeado pelas avenidas Marquês de São Vicente, Nicolas Boer e
Gustav Willi Borghoff, foi comprado da Telefônica em 2007 por R$ 133
milhões. Ele abrigava o antigo clube da Telesp, e hoje seu valor
ultrapassa os R$ 700 milhões --reflexo do boom imobiliário paulistano.
O Jardim das Perdizes faz parte da Operação Urbana Água Branca, projeto
da prefeitura que pretende levar mais moradores à região.
Jorge Araújo/Folhapress | ||
terreno de "minibairro" planejado na Barra Funda, zona oeste de São Paulo; obra está atrasada |
PRAÇA
O projeto da Tecnisa prevê a construção de cerca de 30 torres
residenciais, duas torres comerciais e um centro para lojas de
conveniência.
A estrela do projeto é uma praça de cinco quarteirões aberta ao público,
com ciclovia, pista de cooper e equipamentos para idosos. Árvores já
estão sendo plantadas.
A estimativa é que entre 10 e 12 mil pessoas sejam atraídas até a conclusão de todos os prédios, por volta de 2017.
"Esse pessoal vai ter carro, então precisamos ver a questão da
infraestrutura, se ela vai estar de acordo e se vai comportar o
trânsito. O viaduto Pompeia será saída para tudo?", questiona Maria
Antonieta Lima e Silva, presidente da Associação Amigos da Vila Pompeia.
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