Assim começava minhas transmissões esportivas pelo rádio, um veículo
de comunicação que jamais deixará de existir e jamais deixará de ser a
melhor companhia. Donas de casas, estudantes, trabalhadores dos mais
diferentes setores da economia, todos sempre tem ao lado um rádio. O
rádio é tão espetacular e tão companheiro que até a tecnologia caminha a
seu favor, é possível ouvir a sua rádio pelo celular, pelo computador,
pelo tablet e claro, nos aparelhos ligados a tomada ou pilha.
Todos têm na memória um ou mais nomes de grandes radialistas, seja um
comunicador como Eli Correa, Emílio Surita, seja um narrador esportivo
como José Silvério, um jornalista, Joseval Peixoto, repórter Geraldo
Nunes, o rádio é assim, companheiro, encurta distancias, aproxima
pessoas.
E o contato com o radialista era feito por cartas, alguns telefonemas
para a rádio e de repente até mesmo visitas a emissora aconteciam só
para conhecer o radialista. Hoje em dia pode-se trocar e-mails,
adicionar no facebook e conversar pelo twitter. Vale tudo para manter um
contato próximo com o seu “amigo” radialista. E pensar que houve um
tempo em que se dizia: o homem lá da rádio, falou meu nome.
A internet não facilita apenas a relação entre o ouvinte e o
radialista, a ferramenta permite acompanhar a transmissão de uma
emissora de qualquer lugar do mundo. Posso estar na Espanha e ouvindo a
programação de uma emissora do Japão, por exemplo, e acompanhamos o
nascimento das web rádios.
Desde 2008 faço parte dos profissionais de web rádios. O crescimento
das emissoras virtuais é considerável no país, algumas voltadas apenas
para acompanhar o esporte, outras o jornalismo e as que seguem a
tendência das FMs e tocam músicas.
A notícia, a informação, o comentário e a repercussão, elementos
básicos no dia a dia dos profissionais do rádio. A adrenalina, o medo, a
ansiedade, a angústia, a alegria, a tristeza são alguns elementos de
uma pessoa. Somando os elementos do dia a dia do profissional do rádio
com alguns elementos de uma pessoa, temos um radialista. Não se pode
fugir dessa soma, somos todos de carne, osso e alma.
Dizem que se faz rádio com 1% de inspiração e 99% de transpiração, para
mim, rádio é 100% paixão. É dedicar-se totalmente a uma arte, a arte de
comunicar-se, de tornar-se parte.
Por Gomão Ribeiro, locutor e jornalista esportivo
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