Como transformar a arte em negócios e como transformar os negócios em
arte? Esse foi o tom questionador e inquietante impresso na primeira
palestra do festival El Ojo de publicidade, ministrada por Laurence
Boscheto, CEO da Draftfcb.
Em seu discurso, Laurence memorou personagens controversos da arte, que
eram certamente brilhantes, mas difíceis de serem compreendidos.
Profissionais como Jackson Pollock, Andy Warhol e Yayoi Kusama, que
precisaram ser acolhidos por alguém que acreditou realmente em seus
talentos. “Quem é o Pollock em sua agência de publicidade? Muitos criativos possuem um pouco de loucura. São de outro mundo", afirmou.
No caso de Pollock, por exemplo, o CEO da Giovanni fez uma relação
entre a esposa do artista e as agências de publicidade. “Sem o apoio e a
crença de sua mulher,
Pollock talvez fosse apenas mais um bêbado no mundo, mas não, pelo
contrário. Hoje as suas obras atingem uma valor inestimável. Você
precisa olhar para dentro da agência e cuidar muito bem de seus
criativos”, defende Laurence.
Na segunda parte da mesma palestra Javier Campopiano, criativo
da Draftfcb, subiu ao palco para ressaltar que os artistas são
essenciais para o negócio das agências, mas que precisam também de
limites. “O artista puro não conhece os limites, mas nas agências eles
precisam lidar com prazos, clientes e orçamento. É saudável incentivar
os criativos a desafiar esses limites e compor uma verdadeira obra de
arte, um trabalho impactante e que certamente se converterá em bons
negócios”, explicou Javier.
Renato Rogenski e Leonardo Araujo, diretamente da Argentina
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