O Conselho Curador do FGTS se reúne amanhã para votar mudanças no Minha
Casa, Minha Vida. As faixas de renda das famílias que têm acesso aos
financiamentos do programa podem subir cerca de 5,5%.
Não é certo que esse aumento valerá para todas as faixas. Porém, se
aplicado no limite máximo, famílias com renda de até R$ 5.275 passariam a
ter acesso ao programa, que hoje é limitado a quem ganha até R$ 5.000
por mês.
O valor máximo do imóvel que pode ser financiado também deverá ser
reajustado. Hoje, na capital paulista, o teto é de R$ 170 mil. O governo
quer ainda baixar os juros máximo do financiamento, de 8,16% para 7,16%
ao ano.
Caso as mudanças sejam aprovadas, deverão começar a valer após publicação, que não tem prazo para ocorrer.
Joel Silva - 06.abr.2011/Folhapress | ||
Construção do Minha Casa, Minha vida em Campinas (SP); governo estuda ampliar foco de atuação do programa |
Ontem, a Folha antecipou que governo Dilma preparava mudanças para expandir o foco do programa, que pouco atende a classe média devido ao aumento nos preços dos imóveis nos últimos anos.
Segundo o presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, a
proposta é reduzir os juros e aumentar os limites de renda familiar que
podem acessar o programa e os valores financiados.
Para a faixa que ganha de R$ 3.101 a R$ 5.000 (faixa 3), a nova taxa
deve cair de 8,16% ao ano para 7,16%. Hereda não disse qual a taxa será
dada para as famílias com renda entre R$ 1.600 e R$ 3.100 (faixa 2), que
hoje têm juros de 6% ao ano. Para as famílias com renda de até R$
1.600, o governo compra o imóvel e subsidia até 95% do valor.
REAJUSTE NOS LIMITES
"O governo, através do Ministério das Cidades, está propondo reajuste
tanto nos juros quanto nos limites. Recentemente tivemos alteração nos
valores do Minha Casa, Minha Vida na faixa 1 [renda até R$ 1.600]. É
natural que a faixa 2 e 3 tenham também reajuste", disse o presidente da
Caixa.
Na sexta, o banco anunciou uma injeção de R$ 13 bilhões do governo,
sendo que R$ 3 bilhões serão destinados ao financiamento de material de
construção, dentre outros, para clientes ligados ao Minha Casa, Minha
Vida.
Para João Crestana, ex-presidente do Secovi (Sindicato da Construção),
as mudanças estudadas devem ampliar a participação da classe média
urbana no programa.
"Está começando a ficar difícil utilizar o programa, porque a classe
média subiu de patamar. Ou você retira a classe média, o que é uma
temeridade, ou ajusta para que possa atender mais gente. O governo está
muito sensível a isso", disse Crestana.
REGRAS DO PROGRAMA
O programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal, facilita a
aquisição de residências por famílias de três estratos de renda: aquelas
com renda familiar (bruta) de até R$ 1.600; com renda entre R$ 1601 e
R$ 3.100 e as que ganham entre R$ 3.101 e R$ 5.000.
Veja aqui as regras para cada caso.
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