Pesquisa da Ipsos Marplan revela que o rádio continua companheiro fiel dos brasileiros; as formas de consumi-lo, no entanto, já estão mudando
Não foi a internet, nem a TV, nem os celulares e mídias móveis que
tiraram a força do rádio. O meio, que completa 90 anos de presença no
Brasil neste mês de setembro, continua marcando presença no cotidiano da
população. Para traçar um panorama da força dessa mídia e detectar as
novas formas de consumo do rádio, o Ipsos Marplan divulgou uma pesquisa
inédita, que revela o grande alcance que o rádio ainda possui no País.
De acordo com o estudo, revelado durante um evento realizado nesta
terça-feira, 25, pelo Grupo dos Profissionais de Rádio (GPR), 74% dos
entrevistados garante ouvir rádio frequentemente. De acordo com
aplicações do estudo, que foi realizado em 13 mercados brasileiros, isso
equivale a um contingente de mais de 37 milhões de pessoas.
Outro
ponto de destaque foi a difusão do meio entre todas as classes sociais.
Os ouvintes de radio no Brasil pertencentes às classes A e B
representam praticamente o mesmo percentual dos ouvintes das classes C
(42% o primeiro grupo e 46% o segundo grupo). Entre os ouvintes, as
mulheres são a maioria: 52% contra 48%. Pelo corte de classe social +
idade, o maior percentual de ouvintes está na faixa entre 25 e 34 anos,
nas classes A ou B.
Desses
entrevistados, a maior parte consome rádio para passar o tempo livre,
ouvir programas específicos ou simplesmente para se distrair. Os números
mostraram também que o meio continua consumido em paralelo com outras
atividades rotineiras. As pessoas ouvem rádio enquanto arrumam a casa,
fazem refeições, dirigem, trabalham, etc.
Apesar
da difusão das plataformas móveis, a maior parte das pessoas (81%)
ainda prefere ouvir rádio em suas casas. Em seguida, aparece o carro
(com 15%), o local de trabalho (com 9%) e ao ar livre (com 2%). Nessa
parte do estudo, já foi possível perceber a influência das mídias
móveis. Das pessoas que ouvem música ao ar livre, 83% o fazem via
celular. Parte de quem ouve música no ambiente de trabalho, também o faz
pelo telefone celular (20%).
Porto Alegre, a capital do rádio
O
estudo do Ipsos Marplan também mensurou o consumo de rádio em 13
capitais brasileiras. Pelos resultados, Porto Alegre lidera o ranking
(81% da população da capital do Rio Grande do Sul consome a mídia com
frequência). Em seguida, aparece a Grande Recife (78%), Grande Curitiba e
Grande Rio de Janeiro (ambas com 77%), Grande Belo Horizonte (75%) e
Interior e Grande São Paulo (73% cada).
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