Pioneiro entre as instituições financeiras
no Brasil voltadas para a classe alta, banco é considerado uma marca de
grife pelo Itaú e é benchmark no Brasil, segundo especialista
Mais que banco, uma grife
Sentimento de pertencimento
Mesmo com a criação de outras marcas para a classe alta, como o Van
Gogh do Santander, o Banco do Brasil Estilo e o HSBC Premier, a
iniciativa do Itaú e sua forma de relacionamento são vistas como
benchmark no Brasil. “É, sem dúvida, um dos segmentos em que somos
referência e alguns dos nossos bancos são definitivamente exemplos. O
Itaú tem a estratégia de alta renda que todos gostariam de ter”, avalia
Carlos Ferreirinha, presidente da MCF Consultoria & Conhecimento,
empresa especializada na gestão e inovação do Negócio de Luxo e Premium,
em entrevista ao Mundo do Marketing.
A proposta do Itaú é que o DNA da instituição seja mantido na marca
Personnalité, vista não só como mais um negócio, mas como uma grife.
Ainda que exista uma diferenciação entre os clientes de alta renda e os
demais correntistas, ela é feita sem que haja segmentação grosseira ou
dissociações.
Uma ideia da separação das marcas pode ser comprovada pelas ações de
Marketing e publicidade. Enquanto o Banco Itaú destaca transações
financeiras, a cor laranja ou divulga a marca em eventos pelo país
afora, como a Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), as
propagandas do Personnalité quase não evocam as atribuições que cabem a
um banco. Exemplo disso são os motes “Sua melhor experiência pode ser
hoje ou para sempre", “O melhor de chegar lá é descobrir que lá nunca é
um lugar, é sempre um momento” e “Um banco é só mais uma escolha, mas
você não é só mais um cliente”, já usados em comerciais.
Apesar das linguagens distintas, o objetivo é que as mensagens
contenham atributos emocionais. Além disso, o fato de um correntista do
Itaú um dia poder alcançar o status de cliente Personnalité também leva
ao desejo pela marca. “A instituição financeira foi a primeira a criar
um apelo pelos atributos emocionais. Houve um cuidado ao longo do tempo
de se posicionar de forma diferenciada pelos aspectos sensoriais,
lúdicos e de experiência. Sem dúvida alguma, trata-se de uma marca
aspiracional”, afirma Ferreirinha.
A vontade de pertencer ao segmento de alta renda ou de permanecer nele é
reforçada pelo Itaú em seus produtos e serviços direcionados
exclusivamente a correntistas Personnalité. São três pilares: viagem,
gastronomia e cultura. Entre eles, o destaque vai para o Menu
Personnalité , programa que aposta na gastronomia para cumprir a
missão subjetiva de “mimar o cliente”, ao oferecer cardápios exclusivos.
Antes restrito a São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, o serviço
passou recentemente por uma ampliação e agora está disponível em mais 15
restaurantes divididos entre Brasília, Curitiba, Porto Alegre e
Salvador. Neles, as mesas com pelo menos um cliente Personnalité podem
experimentar uma exclusiva sequência de pratos por R$ 75,00. “A expansão
é significativa, já que muitas marcas focam só no eixo Rio-São Paulo, o
que é um grande erro”, ressalta Cristiane.
Outra iniciativa é a revista Personnalité. Criada em 2007 em parceria
com a Trip Editoras, a publicação é escrita de forma autoral e utiliza a
experiência de pessoas que fazem o que gostam ou realizaram sonhos de
forma simples, porém sofisticadas. A ideia é que o perfil traçado mostre
histórias que poderiam ter sido vividas por qualquer leitor. “Na nossa
hierarquia, damos ao Itaú Personnalité o valor de grife e o fato de ser
cliente possibilita essas experiências diferenciadas. É como se fosse um
clube, que dá a eles um sentimento de pertencimento. Nosso objetivo é
mostrar vencedores reais e esse acaba sendo nosso diferencial. O resto
acaba sendo commodity”, completa Cristiane Magalhães.
Veja comerciais do Itaú Personnalité:
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