sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Apenas 9% no Brasil aderem ao m-commerce


Estudo da japonesa Rakuten mostra que baixa qualidade da experiência de compra ainda barra expansão do serviço

A japonesa Rakuten, uma das líderes mundiais em serviços de internet, divulgou nesta quinta-feira, 27, estudo global sobre as tendências de compras através de dispositivos móveis, principalmente, smartphones, no chamado m-commerce, ou mobile commerce. 

Os resultados mostraram que a população dos países do Sudeste Asiático é duas vezes mais propensa às compras através de dispositivos móveis que a das nações Ocidentais. Média de 15% dos indonésios e 13% dos tailandeses afirmaram ser felizes em comprar por meio de seus aparelhos móveis, contra 8% dos norte-americanos e britânicos e 9% dos brasileiros. 

O motivo alegado pela maioria dos pesquisados, em todos os países, para preferir a compra via PC ou notebook em vez de um dispositivo móvel foi a percepção de que os primeiros oferecem uma experiência melhor de compra. A segurança foi outro fator apresentado. Os britânicos, entre os europeus, são os mais preocupados com a segurança no m-commerce (27%). Entre os brasileiros, 20% se preocupam com o assunto nas plataformas móveis. 

Por propiciar uma experiência mais próxima à de notebooks e PCs, os tablets contam pontos a favor do m-commerce. Embora o crescimento nas vendas de tablets tenha sido grande na Europa (142% no primeiro semestre de 2012, segundo a GFK), é na Tailândia que o aparelho é mais utilizado para as compras: 35% dos donos de tablets os utilizam para esse fim. A média na Europa é de 18%, como na Itália, e na América Latina, 15%, como os registrados no Brasil. 

"No Brasil, 5% do tráfego total do Rakuten Shopping vem de dispositivos móveis; porém, ainda há uma diferença entre o navegar e o comprar que precisamos superar. Como indústria, precisamos construir a confiança do consumidor em plataformas móveis de compras, refinando a experiência de compras online, oferecendo mais ofertas móveis personalizadas para incentivar a compra e garantindo que os pagamentos móveis sejam seguros e sem complicações", analisou Alessandro Gil, CMO da Rakuten Brasil. 

O estudo também avaliou o engajamento dos consumidores em redes sociais, verificando o quanto eles recomendavam produtos a seus contatos. Neste aspecto, os brasileiros figuram entre os mais engajados, com 67% dos respondentes dizendo que costumavam fazer essa indicação, o que garantiu a eles a terceira colocação, atrás somente dos 70% da Tailândia e 80% da Indonésia. 

O corpus do estudo global da Rakuten foi composto por pessoas maiores de 18 anos que tivessem feito uma compra online nos 12 meses anteriores a julho (época das entrevistas), em 12 países: Brasil, Canadá, França, Alemanha, Indonésia, Itália, Japão, Espanha, Taiwan, Tailândia, Reino Unido e EUA. Em cada um deles, foram entrevistados mil consumidores.

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