Estudo da japonesa Rakuten mostra que baixa qualidade da experiência de compra ainda barra expansão do serviço
A japonesa Rakuten, uma das líderes mundiais em serviços de internet,
divulgou nesta quinta-feira, 27, estudo global sobre as tendências de
compras através de dispositivos móveis, principalmente, smartphones, no
chamado m-commerce, ou mobile commerce.
Os resultados
mostraram que a população dos países do Sudeste Asiático é duas vezes
mais propensa às compras através de dispositivos móveis que a das nações
Ocidentais. Média de 15% dos indonésios e 13% dos tailandeses afirmaram
ser felizes em comprar por meio de seus aparelhos móveis, contra 8% dos
norte-americanos e britânicos e 9% dos brasileiros.
O motivo
alegado pela maioria dos pesquisados, em todos os países, para preferir a
compra via PC ou notebook em vez de um dispositivo móvel foi a
percepção de que os primeiros oferecem uma experiência melhor de compra.
A segurança foi outro fator apresentado. Os britânicos, entre os
europeus, são os mais preocupados com a segurança no m-commerce (27%).
Entre os brasileiros, 20% se preocupam com o assunto nas plataformas
móveis.
Por propiciar uma experiência mais próxima à de
notebooks e PCs, os tablets contam pontos a favor do m-commerce. Embora o
crescimento nas vendas de tablets tenha sido grande na Europa (142% no
primeiro semestre de 2012, segundo a GFK), é na Tailândia que o aparelho
é mais utilizado para as compras: 35% dos donos de tablets os utilizam
para esse fim. A média na Europa é de 18%, como na Itália, e na América
Latina, 15%, como os registrados no Brasil.
"No Brasil, 5% do
tráfego total do Rakuten Shopping vem de dispositivos móveis; porém,
ainda há uma diferença entre o navegar e o comprar que precisamos
superar. Como indústria, precisamos construir a confiança do consumidor
em plataformas móveis de compras, refinando a experiência de compras
online, oferecendo mais ofertas móveis personalizadas para incentivar a
compra e garantindo que os pagamentos móveis sejam seguros e sem
complicações", analisou Alessandro Gil, CMO da Rakuten Brasil.
O estudo também avaliou o engajamento dos consumidores em redes
sociais, verificando o quanto eles recomendavam produtos a seus
contatos. Neste aspecto, os brasileiros figuram entre os mais engajados,
com 67% dos respondentes dizendo que costumavam fazer essa indicação, o
que garantiu a eles a terceira colocação, atrás somente dos 70% da
Tailândia e 80% da Indonésia.
O corpus do estudo global da
Rakuten foi composto por pessoas maiores de 18 anos que tivessem feito
uma compra online nos 12 meses anteriores a julho (época das
entrevistas), em 12 países: Brasil, Canadá, França, Alemanha, Indonésia,
Itália, Japão, Espanha, Taiwan, Tailândia, Reino Unido e EUA. Em cada
um deles, foram entrevistados mil consumidores.
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