quarta-feira, 13 de junho de 2012

Relatório norte-americano prevê estagnação do mercado brasileiro em 2012


A consultoria norte-americana Polk não está otimista com o mercado brasileiro em 2012. Uma nova projeção da entidade revisou para baixo as estimativas de vendas de automóveis e comerciais leves no Brasil. A entidade manteve a expectativa do relatório anterior em relação ao volume emplacado no país ao longo deste ano, que deve ficar em torno de 3,5 milhões de veículos leves, o que representa um crescimento pífio de 2,2% em relação aos 3,42 milhões de unidades comercializadas em 2011. Mas reduziu em 100 mil unidades a projeção para 2013, que caiu de 3,7 milhões para 3,6 milhões, o que significará crescimento de 2,9% sobre 2012, caso as estimativas para este ano se confirmem.


O relatório da Polk ainda ressalta que os novos números estão condicionados à manutenção das políticas de incentivo ao consumo adotadas pelo governo federal, como a redução do IPI e a facilitação de acesso ao crédito. Ou seja, caso o governo decida mesmo interromper essas medidas em 31 de agosto, como determinado inicialmente, a consultoria afirma que a tendência do mercado brasileiro para este ano passa a ser de queda nas vendas. Da mesma forma, se os incentivos forem mantidos ao longo de 2012, puxarão uma queda nas vendas no início de 2013, algo em torno de 60 mil unidades em relação ao volume de vendas que ocorreria no período sem as medidas.


A Polk não consegue, ainda, determinar com exatidão a eficácia das medidas adotadas pelo governo federal para incrementar o consumo de veículos. Contudo, a consultoria norte-americana já prevê que os incentivos liberados agora terão impacto menor em relação às políticas semelhantes empregadas pelo governo entre 2009 e 2010, para evitar reflexos da crise financeira mundial que explodiu em 2008. Segundo a entidade, a situação agora depende da reação as instituições bancárias, que ainda tende a restringir o crédito diante do aumento considerável das taxas de inadimplência no Brasil, que praticamente dobrou em relação a 2011 e chegou a 5,9% em abril deste ano. Cerca de 70 mil carros deixaram de ser vendidos nos últimos três meses por causa das medidas restritivas ao crédito, segundo cálculo da Polk.




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