Mídia e entretenimento: gastos de US$ 1,6 trilhão
Consumo desses segmentos deve chegar a US$ 2,1 trilhões em 2016, liderado pela expansão digital
O gasto global com serviços de mídia e entretenimento foi de US$ 1,6
trilhão no ano passado e deve chegar a US$ 2,1 trilhões até 2016,
segundo o Global Media and Entertainment Outlook, realizado pela
PricewaterhouseCoopers (PwC). Esse crescimento será sustentado sobretudo
pelo crescimento da distribuição digital em oposição à distribuição
física de mídia e entretenimento. O relatório da PwC aponta que os
gastos desses setores no meio digital serão responsáveis por 67% do
total nos próximos cinco anos. Os dados foram divulgados pelo site
TechCrunch, da AOL.
Se a distribuição digital significa mais
eficiência e menos gastos com entretenimento e mídia, a tendência de
digitalização da distribuição ajudará alguns setores como o de música,
que será puxado pelas compras digitais, e que crescerá em 2013, depois
de anos em queda. Segundo o estudo da PwC, um terço de todos os gastos
com música em 2011 foram de meios digitais, os quais ultrapassarão os
meios físicos (sobretudo o CD) em 2015. Assim como os gastos com
anúncios digitais para revistas de consumidores finais também
ultrapassarão as despesas com anúncios impressos para esse setor.
O digital também continuará outros formatos antigos: os serviços de
streaming de vídeo e over the top (OTT) responderão por gastos de UUS$
11 bilhões em 2016 e ultrapassarão os gastos com TV por assinatura já
este ano. A PwC registra ainda outros pontos: a circulação digital paga
de revistas responderá por 6,5% da circulação total em 2016. Quanto aos
livros, as publicações em papel cairão 11% enquanto o gasto com e-books
aumentará 30,3% e chegará a US$ 20,8 bilhões em 2016, ou 18% do total
desse segmento. Os EUA responderão por 61% de todo o gasto global com
e-books.
Em relação apenas aos gastos gerados por consumo - de
mídia e entretenimento - a conta chegará perto de US$ 1 trilhão em 2016
(serão US$ 966 bilhões). Os vídeos games serão o segmento com o mais
rápido crescimento em gastos para o consumidor final nos próximos cinco
anos, seguidos pelas assinaturas de TV paga. Serviços analógicos como
revistas impressas entram em declínio. Em termos de infraestrutura, os
gastos com acessos à internet (fixos e móveis) crescerão para US$ 493
bilhões em 2016, ante os US$ 317 bilhões gastos no ano passado. O acesso
móvel, que já responde por 40% de todos os acessos de internet, chegará
a 46$ em 2016. No mundo, são 1,2 bilhão de pessoas que acessam a
internet por meios móveis e serão 2,9 bilhões até 2016. Na Índia, os
acessos móveis serão de 50%.
Publicidade
A publicidade continua a crescer, mas em curva menor do que o
registrado em 2007 e até mesmo em 2010. No ano passado, os gastos com
publicidade cresceram 3,6%, ante os 7% de 2010, impulsionados
principalmente pela Copa do Mundo e pelos Jogos de Inverno. Impacto
semelhante devem ter os Jogos Olímpicos de Londres este ano. O gasto
publicitário em 2011 foi de US$ 486 bilhões e deve chegar a US$ 661
bilhões em 2016. O crescimento da publicidade digital continuará a se
sobrepor aos formatos tradicionais. Até 2016, a publicidade online
crescerá a uma taxa média de 16%, com os anúncios de vídeo game com
expansão de 11,2% ante apenas os 6,6% de publicidade na TV, de 3,8% no
rádio e de 3,5% no segmento impresso. A publicidade móvel deverá chegar
aos US$ 24,5 bilhões em 2016 (US$ 5,2 bilhões este ano).
O
Brasil, cuja taxa de crescimento médio em entretenimento e mídia está
calculada em 10,6% até 2016, deverá ultrapassar o Canadá e a Itália
(passou a Coreia do Sul no ano passado) e se tornará o sétimo maior
mercado no setor.
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