Quem poderá salvar o Rádio?
Os próprios proprietários de emissoras e os institutos de pesquisa
seriam responsáveis por conferir ao meio sua devida importância e
incrementar os investimentos publicitários
Uma convocação pela salvação e valorização do meio Rádio. Foi assim a
palestra “Anunciante sem informação, veículo sem publicidade”, feito
pelo presidente da Associação Brasileira das Agências de Publicidade
(Abap), Luiz Lara, durante o Congresso Brasileiro de Radiodifusão, em
Brasília.
O publicitário aproveitou a ocasião para pedir à
plateia convidada da Abert uma mobilização e ações práticas para que o
rádio possa continuar ocupando seu histórico papel de importância na
sociedade e na indústria de comunicação. Segundo ele, o maior entrave
para a valorização do meio é a falta de informação acerca dos ganhos, do
alcance e da audiência das mais de 4500 emissoras existentes em
território brasileiro.
“Hoje temos 13 mercados contemplados por
pesquisas do Ibope. Isso dá um total de 380 emissoras mapeadas. Para
uma audiência como a brasileira, é muito pouco”, reclamou Lara. “Na hora
de escolher uma emissora de radio para veicular uma campanha, o mídia
de agência precisa saber como é aquela veículo, qual a audiência dele,
quem o ouve, etc. Não temos essa informações e, enquanto elas faltarem, o
rádio continuará absorvendo menos verba publicitária do que teria”,
alerta o presidente da Abap.
Ele convocou a plateia – formada
por proprietarios de redes de comunicação de todo o País – a participar
desse processo de profissionalização do meio. Para isso, citou a
importância da participação de todos no Projeto Inter-Meios, que mapeia
mensalmente a quantidade de verbas publicitarias investidas em cada
mídia. “Enquanto vocês não repassarem corretamente as suas receitas, o
share do Rádio no Brasil nunca passará dos 4%. E nenhum anunciante quer
investir em um meio pouco requisitado”, explicou.
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