quinta-feira, 21 de junho de 2012

Quem poderá salvar o Rádio?


Os próprios proprietários de emissoras e os institutos de pesquisa seriam responsáveis por conferir ao meio sua devida importância e incrementar os investimentos publicitários

 Uma convocação pela salvação e valorização do meio Rádio. Foi assim a palestra “Anunciante sem informação, veículo sem publicidade”, feito pelo presidente da Associação Brasileira das Agências de Publicidade (Abap), Luiz Lara, durante o Congresso Brasileiro de Radiodifusão, em Brasília.

O publicitário aproveitou a ocasião para pedir à plateia convidada da Abert uma mobilização e ações práticas para que o rádio possa continuar ocupando seu histórico papel de importância na sociedade e na indústria de comunicação. Segundo ele, o maior entrave para a valorização do meio é a falta de informação acerca dos ganhos, do alcance e da audiência das mais de 4500 emissoras existentes em território brasileiro.


“Hoje temos 13 mercados contemplados por pesquisas do Ibope. Isso dá um total de 380 emissoras mapeadas. Para uma audiência como a brasileira, é muito pouco”, reclamou Lara. “Na hora de escolher uma emissora de radio para veicular uma campanha, o mídia de agência precisa saber como é aquela veículo, qual a audiência dele, quem o ouve, etc. Não temos essa informações e, enquanto elas faltarem, o rádio continuará absorvendo menos verba publicitária do que teria”, alerta o presidente da Abap.


Ele convocou a plateia – formada por proprietarios de redes de comunicação de todo o País – a participar desse processo de profissionalização do meio. Para isso, citou a importância da participação de todos no Projeto Inter-Meios, que mapeia mensalmente a quantidade de verbas publicitarias investidas em cada mídia. “Enquanto vocês não repassarem corretamente as suas receitas, o share do Rádio no Brasil nunca passará dos 4%. E nenhum anunciante quer investir em um meio pouco requisitado”, explicou.

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