Os milhares de ciclistas chegam a Santos no início da manhã vindos de
São Vicente são um reflexo da expansão imobiliária no município.
A multidão sobre duas rodas inclui empregados da construção civil,
funcionários de condomínios e outros trabalhadores que prestam serviço
diariamente na cidade a 72 quilômetros da capital.
O mercado segue aquecido, apesar da escassez e do encarecimento dos terrenos.
O número de lançamentos residenciais em Santos de janeiro a maio, 1.868
unidades, mais que quadruplicou em relação ao do mesmo período de 2011 e
representa 65% do total do ano passado, segundo dados do Geoimovel,
empresa de informações imobiliárias, para a Folha.
O valor do terreno triplicou em três anos, para R$ 9.000 o m² nos locais
mais cobiçados, próximos à orla, e o do imóvel novo dobrou, para
R$ 7.000 o m², de acordo com estimativas de mercado.
R$ 7.000 o m², de acordo com estimativas de mercado.
A corrida de grandes construtoras a Santos foi impulsionada pela
escolha, em 2008, da cidade como base da nova sede da Petrobras para
exploração do pré-sal na região e pelo projeto para duplicar a área do
maior porto do país até 2024.
Áreas durante muito tempo esquecidas pelas incorporadoras se
valorizaram, como a Ponta da Praia, que é a porta de entrada para o
porto.
"Mesmo cara, Santos continua atraente para as incorporadoras pela
demanda que se espera a partir do pré-sal", diz Celso Amaral, diretor
corporativo do Geoimovel e da Amaral D´Avila Engenharia de Avaliações.
A estimativa do município é que, depois de concluída, em 2016, a nova
sede da Petrobras, na região do Valongo, abrigue cerca de 7.000
funcionários, boa parte vinda de outras cidades.
"Em cinco anos, o pré-sal poderá trazer reflexos até o Grande ABC, com
empresas de serviços e funcionários da Petrobras se instalando em São
Bernardo do Campo, por exemplo, a cerca de 30 minutos de Santos."
Apesar de ressaltarem o bom momento do mercado santista, imobiliárias
afirmam que o ritmo de venda diminuiu. "Havia demanda reprimida por
imóveis de alto padrão, mas que tem sido suprida", diz Vitor Ferramacho,
sócio da Mega & VMF empreendimentos imobiliários.
"Agora, vejo procura crescente por terrenos para construções do Minha
Casa, Minha Vida em São Vicente, onde há áreas mais baratas e mercado
para esse perfil."
Editoria de Arte/Folhapress | ||
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