sexta-feira, 15 de junho de 2012

Projeto de lei sobre proteção de dados chega à Câmara

Proposta foi realizada por Milton Monti, que integrou comissão no V Congresso


O deputado federal Milton Monti, presidente da Frente Parlamentar da Comunicação Social, criada durante o IV Congresso de Publicidade, em 2008, apresentou ontem (13) no Congresso Nacional o projeto de lei que defende uma autorregulamentação para estabelecer parâmetros em relação à proteção de dados pessoais. O assunto foi amplamente discutido durante o V Congresso Brasileiro da Indústria da Comunicação, realizado no mês passado, dentro da comissão "Comunicação one-to-one: personalização x privacidade", comandada por Efraim Kapulski, presidente da Abemd (Associação Brasileira de Marketing Direto), e que contou com a participação do deputado.
A proposta apresentada pelo deputado propõe modificações no anteprojeto de lei sobre privacidade e proteção de dados pessoais no Brasil, elaborado pela Secretaria de Assuntos Legislativos (SAL) e o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça, e que, se aprovado, pode prejudicar quem trabalha com dados no país – que inclui o setor da comunicação e, principalmente, o do marketing direto – e, como consequência, os consumidores. Em resumo, seria quase como uma tutela, o que não é bom para o mercado.
Segundo o deputado, foi decidido antecipar esse debate e criar um marco regulatório para esse assunto. “Fizemos que alguns preceitos fossem modificados. E queremos essa autorregulamentação por dois motivos: primeiro, pela própria experiência positiva que já temos no setor da comunicação, o Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentaçõ Publicitária), criado no final dos anos 70 e que regula com eficiência a atuação do mercado publicitário; e segundo porque estamos falando de um mercado mutável. Não adianta criarmos um projeto que estabeleça um parâmetro definitivo se daqui a cinco anos vamos ter um panorama totalmente diferente”, explica.
O projeto foi protocolado como PL 4060. Agora a mesa diretora da Câmara fará a distribuição dele – provavelmente ainda hoje – de acordo com seu entendimento, para um ou duas das 20 comissões de mérito que existem no Congresso.  Por último, passará pela Comissão de Constituição e Justiça, caminho obrigatório para todos os projetos de lei. Ainda não há previsão para quando irá entrar em votação. “Mas vamos acelerar o processo. E lutar para que seja aprovado, para o bem de todos que trabalham com proteção de dados e do consumidor”, completa Monti.

Nenhum comentário:

Postar um comentário