IPv6 entra em vigor e multiplica por trilhões o limite de endereços conectados
Quando a internet foi criada em 1973, era apenas um experimento. Para
finalmente lançar a world wide web dez anos depois, seus criadores
estabeleceram o protocolo IPv4 com limite de 4 bilhões de IPs, “espaços”
a serem ocupados por dispositivos conectados, um número que parecia
infinito à época. Atualmente, por causa da proliferação quase viral de
smartphones, tablets e outros gadgets, quase todos estes espaços estão
sendo utilizados.
Em fevereiro de 2011, a Iana (Internet Assigned
Numbers Authority, órgão responsável por comercializar IPs globalmente)
ficou sem endereços para oferecer e entrou no lote reserva, motivando a
adoção global do IPv6, que teve sua primeira versão criada em 1996. Para
manter a internet crescendo e evitar que a web entre em colapso, a
Internet Society lança globalmente nesta quarta-feira (6), a partir das
21h (de Brasília), o IPv6, novo protocolo para a rede mundial. A
modificação está sendo considerada o “Big Bang” online, pois expande a
capacidade atual em milhões de vezes: de 4 bilhões no IPv4 (4 vezes 10 à
nona potência) , o limite de IPs do IPv6 é de mais de 340 trilhões de
trilhões de trilhões. Sim, trilhões de trilhões de trilhões, algo como
3,4 multiplicado por 10 à trigésima oitava potência, ou 340 seguido de
36 zeros.
Alguns portais já experimentam o IPv6 desde 2008,
mas agora a transição é completa. Entretanto, os dois protocolos
coexistirão por alguns anos até que todos os IPs se mudem totalmente. O Google conta a história detalhadamente em um vídeo (em inglês).
De acordo com um estudo da Cisco, cerca de 8 bilhões de dispositivos
mobile e fixos estarão conectados em 2016, número oito vezes maior que o
montante de 2011.
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