Embora o Brasil como um todo ainda não tenha alcançado a alta taxa de
motorização de países centrais (um veículo para cada 5,5 habitantes,
enquanto países periféricos contam com índice de um veículo para menos
de dois habitantes), algumas regiões metropolitanas se aproximam dos
números de nações avançadas. No aspecto de cuidados com o meio ambiente,
ao envolver uma frota de 35 milhões de automóveis e veículos
comerciais, além de 12 milhões de motocicletas, até que o país se situa
razoavelmente bem.
Desde 1986, o Proconve (Programa de Controle da Poluição do Ar por
Veículos Automotores) provou ser iniciativa de sucesso. Veículos leves
com motores de ciclo Otto cumpriram as seis fases de redução de emissões
gasosas, que resultaram em queda significativa da poluição. Veículos
pesados com motores de ciclo Diesel sofreram tropeços no cronograma. Só
agora, em 2012, entraram nos eixos ao estrearem novos motores e
combustível de baixo teor de enxofre (50 mg/kg ou 50 ppm). No próximo
ano chegará o diesel S10, de apenas 10 ppm de enxofre.
PASSO À FRENTE
A fim de discutir o futuro do controle de emissões, inclusive para motos, a Associação Brasileira de Engenharia Automotiva organizou um seminário recente em São Paulo. A fase L-7 para automóveis está prevista para 2015 ou 2016. Teor de enxofre na gasolina (etanol não tem enxofre) será diminuído para 50 ppm em 2014. Abre caminho, assim, aos motores flexíveis etanol/gasolina com injeção direta de combustível.
A fim de discutir o futuro do controle de emissões, inclusive para motos, a Associação Brasileira de Engenharia Automotiva organizou um seminário recente em São Paulo. A fase L-7 para automóveis está prevista para 2015 ou 2016. Teor de enxofre na gasolina (etanol não tem enxofre) será diminuído para 50 ppm em 2014. Abre caminho, assim, aos motores flexíveis etanol/gasolina com injeção direta de combustível.
Essa conquista tecnológica exige gasolina de baixo teor de enxofre para
se obter economia de combustível e simultâneo aumento de potência, além
de cortar emissões. A injeção direta é um sistema de formação de
mistura ar-combustível que consegue subverter a lógica de maior
potência, maior consumo. A atual injeção indireta representou um passo
adiante. Porém, a tendência no exterior é substituí-la, mesmo a custo
maior.
Ponto interessante do seminário foi a pouca divulgada política do
governo de São Paulo para combater gases de efeito estufa, responsáveis
por possíveis mudanças climáticas no planeta. Trata-se da iniciativa
estadual mais relevante no país, que organiza, em junho, a Rio +20
(Conferência das Nações Unidas de Desenvolvimento Sustentável). Existe a
pretensão de emitir 20% menos gás carbônico (CO2) em relação a 2005, em
território paulista.
NOTA VERDE
CO2 é subproduto atóxico da combustão de motores convencionais. Os meios de transporte respondem, em média, por um quinto das emissões de efeito estufa no mundo. Não há filtros ou catalisadores: só se resolve com a redução do consumo de combustível. São Paulo considera que seu perfil socioeconômico exige maior atenção ao controle da frota. Estima-se que veículos motorizados respondam, no Estado, por cerca de 30% do total de CO2 emitido.
CO2 é subproduto atóxico da combustão de motores convencionais. Os meios de transporte respondem, em média, por um quinto das emissões de efeito estufa no mundo. Não há filtros ou catalisadores: só se resolve com a redução do consumo de combustível. São Paulo considera que seu perfil socioeconômico exige maior atenção ao controle da frota. Estima-se que veículos motorizados respondam, no Estado, por cerca de 30% do total de CO2 emitido.
Eis algumas propostas para o segmento de veículos leves:
- ampliação da inspeção ambiental
- incentivo ao uso de etanol
- programa de renovação e reciclagem de veículos
- selo socioambiental nas compras oficiais
- ampliação de etiquetagem veicular (consumo de combustível).
- ampliação da inspeção ambiental
- incentivo ao uso de etanol
- programa de renovação e reciclagem de veículos
- selo socioambiental nas compras oficiais
- ampliação de etiquetagem veicular (consumo de combustível).
Para tornar competitivo o etanol, o governo cogita criar a chamada
"nota fiscal verde" emitida nos postos de abastecimento. Afinal,
biocombustível de cana anula, praticamente, a emissões de CO2 no
escapamento, quando a planta cresce no campo. Não é possível com
combustíveis fósseis.
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