Na briga de 'carros de família', modelo alemão vence pela praticidade. Por outro lado, versão topo de linha do Fiat oferece sete lugares.
Nem todo mundo entende o que realmente é um crossover — um veículo com
carroceria enquadrada entre o utilitário esportivo e a perua — mas, como
tem o mesmo apelo versátil de um SUV, esse tipo de carro ganha cada vez
mais adeptos no mercado brasileiro, com o público que 15 anos atrás
procurava os mesmos atributos nos station wagons ou “peruas”. Apesar dos
novos tempos, as peruas voltam a chamar a atenção de consumidores em
todo o mundo — um novo movimento visto no Salão de Genebra e no de Pequim deste ano. Neste comparativo do G1,
o crossover Fiat Freemont e a perua VW Jetta Variant enfrentam-se pelas
utilidades semelhantes, especialmente quando se trata de consumidores
com família grande.
Diante de tal perfil, o Jetta Variant ganha pelo conforto de quem
dirige e pela praticidade do formato "perua". Mas os predicados do
crossover Freemont são grandes, o que o torna a melhor opção para que
não abre mão da posição de dirigir diferenciada e do espaço para
crianças, avó, avô, sogro, sogra, cachorro, papagaio... Isso porque
Freemont, na versão topo de linha (usada na avaliação) conta com lugares
para sete pessoas, o que faz a diferença na hora de passear com a
família inteira, especialmente crianças — a segunda linha de bancos tem
dois assentos reguláveis para elas.
Porém, no caso de viagens longas, o Freemont perde vantagem porque, se estiver "lotado", a capacidade de carga cai de 580 litros para 145 l. Menor, o Jetta Variant, que só permite cinco pessoas a bordo, tem 505 l de capacidade.
Visualmente, os dois modelos são bem distintos. Com dimensões maiores, o Freemont carrega traços mais fortes e a linha de cintura bem elevada. Em contrapartida, o Jetta Variant é mais delicado e tem como vantagem a maior facilidade para fazer manobras e cortar o trânsito. Tais dimensões facilitam na hora de carregar o carro no supermercado, encontrar vagas em shoppings etc.
Enquanto as vantagens e desvantagens da carroceria se dividem conforme o perfil do interessado, na hora de segurar o volante e acelerar, os carros tomam rumos diferentes. O crossover da Fiat traz motor de quatro cilindros 2.4 16V de 172 cv derivado do Chrysler PT Cruiser e caixa automática de quatro velocidades (o Journey tem motor 3.6 V6 de 280 cv e transmissão de seis marchas).
Na ergonomia, o Jetta Variant também ganha pontos. Ele “abraça” o motorista, o que faz pensar se vale a pena mesmo ter um carro mais alto, como o Freemont. A posição de dirigir da perua garante boa visibilidade, de forma geral, e todos os comandos são de fácil acesso para quem o conduz. O Freemont conta também com um bom painel de instrumentos, mas não é tão macio ao dirigir.
Segurança
Como itens de segurança, o Freemont vem de série com freios ABS, airbag duplo (motorista e passageiro), apoios de cabeça dianteiros anti-whiplash (efeito antichicote), BAS (Assistência Hidráulica aos Freios), cintos de segurança retráteis de 3 pontos com regulagem de altura, faróis de neblina, EBD (Corretor de Frenagem Eletrônico), ERM (Sistema Eletrônico Anticapotamento), ESP (Controle Eletrônico de Estabilidade), sistema de monitoramento da pressão dos pneus , entre outros.
Para quem fica na carona, enquanto o Freemont permite ver o mundo “do alto” sem cobrar a mais por isso, o Jetta Variant tem um teto panorâmico enorme para contemplar o céu, mas que custa R$ 5.930 (pouco mais caro na tabela, o Freemont possui teto solar “comum”, também como opcional, mas que sai por R$ 2.640). Talvez esse seja o único diferencial para o passageiro, já que os dois modelos têm espaço interno suficiente para acomodar com conforto todos os ocupantes. No entanto, para quem dirige e administra o porta-malas, o Jetta Variant oferece mais segurança, recursos, conforto ao dirigir e agilidade.
Porém, no caso de viagens longas, o Freemont perde vantagem porque, se estiver "lotado", a capacidade de carga cai de 580 litros para 145 l. Menor, o Jetta Variant, que só permite cinco pessoas a bordo, tem 505 l de capacidade.
Versão topo de gama do Fiat Freemont tem espaço para sete pessoas (Foto: Divulgação)
A Fiat não tem tradição em produzir carros grandes, mas importa do México o Freemont, que é baseado no irmão norte-americano Dodge Journey,
da Chrysler. Para desonerar o produto e não concorrer com o próprio
Joyrney, o Freemont tem motor menor e menos potente, 2.4, e é mais
barato. A estratégia deu certo: ele é o 6º mais vendido no Brasil na
categoria SUV estabelecida pela Federação Nacional da Distribuição de
Veículos Automotores (Fenabrave) — a entidade não trabalha com a
categoria "crossover" e a Fiat adotou a classificação pelo apelo
comercial.
saiba mais
Até maio passado, 5.697 unidades do Freemont foram emplacadas neste ano. Já o Jetta Variant tem números bem mais modestos: foram 598 unidades entre janeiro e maio.Visualmente, os dois modelos são bem distintos. Com dimensões maiores, o Freemont carrega traços mais fortes e a linha de cintura bem elevada. Em contrapartida, o Jetta Variant é mais delicado e tem como vantagem a maior facilidade para fazer manobras e cortar o trânsito. Tais dimensões facilitam na hora de carregar o carro no supermercado, encontrar vagas em shoppings etc.
Volkswagen Jetta Variant (Foto: Divulgação)
Ao volanteEnquanto as vantagens e desvantagens da carroceria se dividem conforme o perfil do interessado, na hora de segurar o volante e acelerar, os carros tomam rumos diferentes. O crossover da Fiat traz motor de quatro cilindros 2.4 16V de 172 cv derivado do Chrysler PT Cruiser e caixa automática de quatro velocidades (o Journey tem motor 3.6 V6 de 280 cv e transmissão de seis marchas).
Freemont tem visual mais jovem, mas é mais 'bruto' (Foto: Divulgação)
Não que o propulsor não dê conta do grandão de 1.755 kg, mas o Jetta
Variant, além de ser mais leve (pesa 1.477 kg), contando com motor 2.5
de 170 cv, carrega uma transmissão tiptronic (com opção automática ou
manual semi-automática) de seis velocidades. Com ela, as trocas de
marchas são mais precisas e suaves, o que se traduz em conforto superior
pelas respostas mais ligeiras e sem trancos, o que é notado
especialmente nas arrancadas necessárias em estradas e com o porta-malas
cheio.Na ergonomia, o Jetta Variant também ganha pontos. Ele “abraça” o motorista, o que faz pensar se vale a pena mesmo ter um carro mais alto, como o Freemont. A posição de dirigir da perua garante boa visibilidade, de forma geral, e todos os comandos são de fácil acesso para quem o conduz. O Freemont conta também com um bom painel de instrumentos, mas não é tão macio ao dirigir.
Carroceria do Jetta Variant favorece a estabilidade (Foto: Divulgação)
Outra vantagem de uma perua sobre um crossover é a carroceria favorável
à estabilidade nas curvas, já que o ponto de gravidade é mais baixo.
Independentemente das leis da física, o Jetta é mais delicado e o
Freemont, bruto. Passar por valetas, lombadas e buracos é mais
confortável com o Volkswagen.Segurança
Como itens de segurança, o Freemont vem de série com freios ABS, airbag duplo (motorista e passageiro), apoios de cabeça dianteiros anti-whiplash (efeito antichicote), BAS (Assistência Hidráulica aos Freios), cintos de segurança retráteis de 3 pontos com regulagem de altura, faróis de neblina, EBD (Corretor de Frenagem Eletrônico), ERM (Sistema Eletrônico Anticapotamento), ESP (Controle Eletrônico de Estabilidade), sistema de monitoramento da pressão dos pneus , entre outros.
Fiat Freemont tem bom acabamento, mas menos itens de segurança (Foto: Divulgação)
Mais completo, o Jetta Variant traz de série seis airbags, ABS, ESP,
EBD, EDS (bloqueio eletrônico do diferencial), ASR (controle de tração),
faróis de neblina com molduras de cromo, piloto automático de fácil
manuseio e sensor traseiro de estacionamento.
Interior do Volkswagen Jetta Variant (Foto: Divulgação)
ConclusãoPara quem fica na carona, enquanto o Freemont permite ver o mundo “do alto” sem cobrar a mais por isso, o Jetta Variant tem um teto panorâmico enorme para contemplar o céu, mas que custa R$ 5.930 (pouco mais caro na tabela, o Freemont possui teto solar “comum”, também como opcional, mas que sai por R$ 2.640). Talvez esse seja o único diferencial para o passageiro, já que os dois modelos têm espaço interno suficiente para acomodar com conforto todos os ocupantes. No entanto, para quem dirige e administra o porta-malas, o Jetta Variant oferece mais segurança, recursos, conforto ao dirigir e agilidade.
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