Você entra em um shopping, a temperatura é agradável e o cheiro desperta a vontade de comprar
e comer. Adentra a loja decorada, perfumada, com música, atendimento
caprichado e quer levar tudo. Olha para as fotos dos lanches da praça de
alimentação; sente fome. Vai ao cinema e percebe no ar a pipoca com
manteiga que pode acompanhar o filme. E aí, de repente, sem perceber, já
está comprando.
É fato que as marcas precisam conquistar o consumidor para vender.
Logo, conquistar pessoas, seres que veem, cheiram, ouvem, escutam e
sentem. Por isso, uma proposta mercadológica chamada marketing sensorial
aposta nos cinco sentidos humanos e promete, desta forma, atrair
público.
Adnews conversou sobre o assunto com Marcelo Páscoa, diretor de branded entertainment da DM9. Para ele, a publicidade tomou um rumo racional e as sensações ficaram de lado. É preciso, no entanto, aproveitar o diálogo das emoções, alerta.
Como são feitas as campanhas que envolvem o marketing sensorial?
Acreditamos que o processo de criação deve ter a liberdade necessária para gerar campanhas convergentes, o que pressupõe o uso de todo e qualquer formato que contribua para potencializar o envolvimento do consumidor com a mensagem. Nesse sentido, o marketing sensorial deve ser mais uma ferramenta presente no repertório dos nossos criativos. Não se trata de um processo de criação específico para as campanhas de marketing sensorial, mas sim de incorporar essa possibilidade a uma maneira de criar mais livre, plural e convergente.
Adnews conversou sobre o assunto com Marcelo Páscoa, diretor de branded entertainment da DM9. Para ele, a publicidade tomou um rumo racional e as sensações ficaram de lado. É preciso, no entanto, aproveitar o diálogo das emoções, alerta.
Como são feitas as campanhas que envolvem o marketing sensorial?
Acreditamos que o processo de criação deve ter a liberdade necessária para gerar campanhas convergentes, o que pressupõe o uso de todo e qualquer formato que contribua para potencializar o envolvimento do consumidor com a mensagem. Nesse sentido, o marketing sensorial deve ser mais uma ferramenta presente no repertório dos nossos criativos. Não se trata de um processo de criação específico para as campanhas de marketing sensorial, mas sim de incorporar essa possibilidade a uma maneira de criar mais livre, plural e convergente.
Quais são os principais benefícios que as empresas alcançam?
Nos últimos anos, a preocupação com os aspectos racionais das campanhas
tornou-se o foco de muitas marcas. Com isso, as sensações, acabaram
ficando em segundo plano. Os consumidores entendiam a mensagem, mas ela
não era capaz de despertar nenhuma sensação, nenhuma emoção. O marketing
sensorial, partindo dos sentidos, permite uma abordagem que recupere
esse potencial mais emocional da comunicação.
Entre os 5 sentidos (audição, visão, olfato, paladar e tato),
qual é o mais eficiente no que diz respeito à capacidade de influenciar o
comportamento do consumidor?
Acho que todos os sentidos são igualmente poderosos. O que vai tornar
um ou outro especialmente eficiente é a sua adequação à mensagem e ao
contexto.
Normalmente, os clientes solicitam ações que envolvem o marketing sensorial ou a DM9 que sugere? Como ocorre este processo?
A DM9 está sempre em busca de novas ferramentas que possam contribuir
para o sucesso dos seus clientes. Acreditamos no potencial de campanhas
convergentes, que explorem toda e qualquer oportunidade capaz de gerar
maior envolvimento entre o consumidor e a mensagem. Nesse sentido,
estamos constantemente investigando diferentes abordagens que possam ser
apresentadas aos nossos clientes, o que inclui o marketing sensorial.
Mas acreditamos também que a relação com as marcas para as quais
trabalhamos seja uma relação de troca; nesse sentido, uma campanha de
marketing sensorial também poderia partir de uma oportunidade
identificada por um de nossos clientes.
Ações de marketing sensorial podem alavancar as chamadas “compras por impulso”?
Acho que essa ideia da “compra por impulso” precisa ser interpretada
com um certo cuidado. Nosso objetivo não é criar uma situação que
empurre o consumidor para a compra, mas sim aproveitar as oportunidades
de diálogos nos momentos mais adequados, mais contextualizados – e,
consequentemente, mais eficientes. No caso das sensações, o contexto é
muito importante. Um mesmo aroma, por exemplo, pode despertar sensações
opostas dependendo da situação. Em um restaurante, o aroma de um prato
saindo do forno tem um significado; em uma loja de roupas, teria outro
completamente diferente.
Com que frequência uma empresa deve investir nesta ferramenta de marketing?
Não acredito que exista uma regra. Tudo depende dos desafios
enfrentados por cada marca. A partir da análise desses desafios é que
podemos concluir, caso a caso, quando e como uma ferramenta pode ser
utilizada.
Como surgiu a ideia de criar o projeto “Entre 4 Paredes” nas
lojas da Tok & Stok? Quais foram os principais benefícios que este
projeto proporcionou?
A Tok&Stok sempre esteve ligada ao universo de produção cultural.
Faz parte do cotidiano da marca dialogar com arquitetos, designers e
artistas. Um móvel ou objeto de design é a expressão de uma ideia, assim
como toda obra de arte. Essa afinidade direcionou o nosso olhar em
busca de oportunidades dentro do universo do branded entertainment. As
marcas estão cada vez mais conscientes da necessidade de oferecer algo
em troca da atenção dos seus consumidores. E o entretenimento é uma
excelente moeda de troca, dado o seu potencial de gerar um alto
envolvimento com a mensagem. Quando o consumidor está mais envolvido,
ele presta mais atenção no que você tem pra dizer, conversa com você com
por mais tempo e se torna mais receptivo à mensagem. O desafio, no caso
de Tok & Stok, era encontrar um formato que permitisse falar dos
nossos produtos sem que isso comprometesse o potencial da ação, sem que
representasse uma interrupção da experiência de entretenimento. Foi isso
que fez a ideia de produzir uma peça de teatro se tão adequada. Os
móveis fazem parte da nossa vida diária e por isso é natural que as
pessoas vivam histórias nas quais eles tenham um papel de destaque.
Quando levamos um móvel para dentro da nossa casa, estamos, de uma certa
forma, iniciando uma nova história. Além disso, por se tratar de uma
peça itinerante, o projeto transformou a realidade do varejo em algo
mágico, envolvente: da mesma maneira que os consumidores caminham pela
loja em busca de móveis, os espectadores seguiam os personagens através
dos ambientes para acompanhar as suas histórias. No fim, o que fizemos
foi mostrar como os nossos produtos têm o potencial de ser personagens
de destaque nas vidas dos consumidores, estabelecendo uma ligação entre a
cultura e os móveis. E fizemos isso de uma maneira envolvente, com
forte apelo emocional, oferecendo uma experiência de entretenimento em
troca da atenção das pessoas.
Por Ana Carolina Lima, com entrevista de Ana Claudia Machado
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