quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Vendas pela internet crescem 24% em um ano


Faturamento das empresas de varejo eletrônico cresceu de 6,8 para 8,4 bilhões de reais no Brasil. Usuário se dizem mais seguros
SÃO PAULO – Famílias de baixa renda foram as principais responsáveis pelo aumento de 24% nas vendas do varejo eletrônico no primeiro semestre em comparação com o mesmo período do ano anterior, mostrou uma pesquisa da consultoria e-bit divulgada nesta terça-feira, 16.

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No acumulado do ano, as empresas de comércio eletrônico obtiveram faturamento de R$ 8,4 bilhões, frente ao avanço de R$ 6,8 bilhões no mesmo intervalo do ano anterior, segundo a pesquisa.
De acordo com a pesquisa, 61% dos novos consumidores da internet nos seis primeiros meses do ano eram de famílias com renda inferior a R$ 3 mil. No total, o período contou com 4 milhões de usuários que fizeram compras online pela primeira vez.
Segundo a consultoria, a previsão é que as vendas sejam ainda maiores na segunda metade do ano, que costuma responder por 55% das vendas anuais.
Assim, espera-se faturamento de R$ 10,3 bilhões de julho a dezembro, o que implicaria em um crescimento de 26% nas vendas fechados do ano sobre as de 2010 –quando o as vendas do setor totalizaram R$ 14,8 bilhões.
Entre os bens mais consumidos ficaram os eletrodomésticos, seguidos por produtos de informática, a categoria de saúde, beleza e medicamentos e pelo setor de livros e assinaturas de jornais e revistas.
A pesquisa também mostrou uma carência de mão-de-obra qualificada para atuar no setor, sendo que a maior dificuldade citada por varejistas para fazer contratações foi o não atendimento das “habilidades necessárias” pelo candidato.
Apesar do crescimento das ameaças virtuais, o estudo revelou que 70% dos entrevistados afirmam sentir-se mais seguros comprando na internet do que há dois anos.
Um estudo do Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (CERT.br) revelou em junho aumento de 40% no número de notificações de ataques de segurança na internet brasileira no segundo trimestre.
Mesmo com o incremento no sentimento de segurança, ainda observa-se, porém, resistência no uso de serviços bancários online.
Segundo o relatório, 26% dos entrevistados afirmaram não fazer uso de serviços de internet banking, dos quais 58% relataram não se sentir seguros com operações bancárias online.
As mulheres sentem-se mais seguras nesse tipo de operação, mesmo conhecendo menos sobre seu funcionamento. A maioria dos entrevistados que afirmou não utilizar o serviço era homem, com maior nível de estudo e renda.

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