Na última semana, as vendas do tablet Xoom (pronuncia-se Zoom), da Motorola Mobility, comprada pelo Google nesta segunda-feira (15/8), cresceram de 30% a 35% no Brasil, desde que a empresa obteve o processo produtivo básico (PPB) para fabricar o dispositivo no país e também influenciadas pelo Dia dos Pais.
Com o PPB, os preços dos dois modelos do Xoom caíram até 15,8%. O tablet com conectividade sem fio com tecnologias 3G e Wi-Fi passou de R$ 2.299 para R$ 1.999; e o que tem apenas conectividade Wi-Fi passou de R$ 1.899 para R$ 1.599.
A redução é inferior às previsões feitas pelo governo, que estimava queda de até 30% nos preços. Segundo Rodrigo Vidigal, diretor de marketing da Motorola Mobility, a diminuição é menor porque a fabricante deu início à produção local do Xoom antes mesmo de contar com o benefício fiscal.
"Estamos arcando com o custo do lançamento no Brasil. Poderíamos importar, mas optamos por fabricar aqui e a liberação de impostos demorou um pouco mais do que o esperado. Estamos equilibrando as pontas", afirma, sem informar se é possível baixar mais o preço no médio prazo.
Para o executivo, o preço do Xoom é "competitivo", mesmo se comparado a tablets importados e que chegam ao Brasil na casa de R$ 1.500, porque o dispositivo da Motorola tem mais recursos.
Vidigal acrescenta que, no caso de fabricantes que não têm produção no Brasil, é possível atingir os 30% de redução estimados pelo governo federal.
O PPB concede benefícios fiscais como redução no IPI de 15% para 0,75%; e queda na alíquota do ICMS de 12% para 7%; além de isenção no recolhimento do PIS/Cofins, pelo varejo, com alíquota de 9,25%.
O diretor de marketing da Motorola Mobility espera que as vendas de tablets mantenham o ritmo forte, porque a demanda do mercado é alta e, com o PPB, é possível aproveitar a redução de preço e intensificar ações comerciais. Como parte dessa estratégia está a necessidade de promover uma venda mais consultiva, para educar o consumidor.
"O cliente que vai comprar um tablet, não sabe se compra um PC, um notebook ou um tablet. A decisão de compra acontece no ponto de venda", diz Vidigal.
A mesma estratégia é adotada para smartphones, segmento que tem grande potencial de crescimento no Brasil, na avaliação de Rodrigo Vidigal. "Preço do aparelho e do plano de dados eram as principais barreiras e elas caíram. O próximo passo é mostrar que smartphone é fácil de usar e no ponto de venda o consumidor pode entender como usar", acrescenta.
Nesta terça-feira (16/8), um dia após o anúncio da compra pelo Google, a Motorola Mobility anunciou o lançamento de sete aparelhos no Brasil, dos quais três são smartphones.
Em 2008, a empresa decidiu adotar o Android, sistema operacional do Google, como plataforma para essa categoria de produtos. Os sete lançamentos são uma preparação para as vendas de final de ano.
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