O Brasil tem 11,97 milhões de consumidores, o equivalente a 19% dos usuários da internet no país, que adquirem produtos pela rede. Apesar disso, apenas 0,4% das empresas brasileiras têm presença on-line, o que faz com que apenas 1% do volume total das vendas do varejo sejam efetuadas pela Internet.
Estudo divulgado nesta quinta-feira (2) pelo Instituto de Pesquisa Aplicada (Ipea) mostra que o mercado on-line brasileiro tem espaço para crescimento. Nos Estados Unidos, por exemplo, números de 2008 – mesmo ano usado como base para o estudo do Ipea – mostravam que 3,6% das negociações no varejo eram feitas por e-commerce.
A região Sudeste apresenta o maior número de consumidores on-line: 23% do total de internautas do conjunto de 4 estados, seguido pelas regiões Sul (20%), Norte (19%), Centro-Oeste (19%) e Nordeste (12%). Do total de moradores de áreas urbanas que acessam a internet, 20% já fizeram compras on-line no Brasil. Nas áreas rurais, a porcentagem cai para 9%.
As compras pela internet ficam mais comuns quanto mais alta a classe social: do total de pessoas da classe A que acessam a rede, 59% já adquiriram produtos on-line. Essa porcentagem cai para 33% para a classe B, 13% para a C e 5% para D e E.
A pesquisa ainda mostra que homens compram on-line mais do que mulheres, com 22% contra 17% sobre o total de pessoas de cada sexo que acessam a internet.
Lojas on-line também cresceram
De acordo com a pesquisa do Ipea, o número de varejistas on-line passou de 1,3 mil em 2003 para 4,8 mil em 2008, um crescimento de 269%. A receita obtida passou de R$ 2,4 bilhões em 2003 para R$ 5,9 bilhões em 2008, um aumento de 145%.
De acordo com a pesquisa do Ipea, o número de varejistas on-line passou de 1,3 mil em 2003 para 4,8 mil em 2008, um crescimento de 269%. A receita obtida passou de R$ 2,4 bilhões em 2003 para R$ 5,9 bilhões em 2008, um aumento de 145%.
O estudo mostra que, mesmo com o crescimento, a receita obtida pelo varejo on-line é inexpressiva quando comparada ao comércio tradicional. As 4,8 mil empresas que vendem pela internet correspondem a 0,4% do total de varejistas, com receita inferior a 1% do total da receita do varejo brasileiro.
O comércio não especializado (hipermercados, supermercados, lojas de departamento, mercearias e outros), segundo o Ipea, responde por cerca de 25% do total de vendas on-line no país. O comércio de outros produtos em lojas especializadas, em comparação, é responsável por 93% do número de firmas e de 73% do total de vendas pela web.
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