quinta-feira, 2 de junho de 2011

Ipea: comércio online cresce, mas é parte modesta do varejo

A receita obtida pelo comércio eletrônico permanecia inferior a 1% das vendas totais do varejo brasileiro em 2008, apontou um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Apesar de terem saltado de R$ 2,4 bilhões para R$ 5,9 bilhões de 2003 para 2008, as vendas online ainda eram pouco representativas para o setor varejista como um todo, mostrou a pesquisa, que é a primeira do Ipea dedicada ao e-commerce.O cenário se repete em relação à quantidade de empresas que aderiu a esse tipo de serviço. O número de companhias com atuação na Internet passou de 1.305 para 4.818 no mesmo intervalo, o que correspondia a somente 0,4% do número de empresas varejistas no Brasil em 2008. De acordo com o estudo, as lojas especializadas tiveram maior destaque nas vendas, respondendo por 73% do volume total comercializado em 2008. Os produtos mais vendidos foram artigos culturais, recreativos e esportivos, incluindo CDs e DVDs, assim como produtos eletrônicos e acessórios. Em seguida aparecem produtos de perfumaria, cosméticos, itens farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de óptica.O Ipea constatou que a adoção dos serviços de comércio eletrônico contribui para o aumento da produtividade das companhias, pois diminui custos de transação. No entanto, eles exigem investimentos em logística e tecnologia da informação.Perfil
Do total de 63 milhões de usuários da Web em 2009, 19% já fez compras online, segundo dados do Comitê Gestor da Internet citados no documento do Ipea. A maioria são homens entre 35 a 44 anos com poder aquisitivo e níveis de instrução mais elevados. De acordo com a pesquisa, não há diferença estatística significativa entre a propensão às compras online entre indivíduos empregados e pessoas inativas economicamente.A pesquisa também contrariou a crença de que usuários de redes sociais tenham maior participação no volume de compras, devido à grande quantidade de propagandas nesse tipo de site. Segundo o Ipea, isso pode ser explicado pelo fato de que o público das redes sociais é mais jovem. A probabilidade de consumo diminui alinhada à queda na faixa etária dos internautas.

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