Dirigimos o Renault Twizy, carro elétrico projetado de forma minimalista para ser usado nas cidades
Em tempo de Rio+20, eis o Renault Twizy, proposta racional (e limpa)
para o transporte nos grandes centros. E o melhor: é uma ideia palpável e
bem real — 4 mil desses carrinhos já foram vendidos na Europa desde o
lançamento, em fevereiro passado. A marca francesa trouxe três Twizy ao
Brasil para a conferência mundial. Aproveitamos a chance e dirigimos um
deles num circuito fechado, em Jacarepaguá.
O projeto repensa a forma e a função dos carros elétricos. Em vez de
fazer uma imitação de um modelo a gasolina (caso do hatch Nissan Leaf)
ou de adaptar baterias e um motor de corrente alternada em um sedã comum
(caso do Renault Fluence Z.E), os engenheiros abraçaram o minimalismo.
O Twizy é como um quadriciclo coberto para uso apenas na cidade —
afinal, esta é a principal função dos elétricos. Pequeno, ocupa pouco
espaço na rua e ajuda a reduzir congestionamentos. Leve, não desperdiça
energia com lataria supérflua.
Fica assim: de segunda a sexta, o motorista dirige o Twizy na cidade.
No fim de semana, usa um carro convencional para ir ao supermercado ou
pegar a estrada com a família.
À primeira vista, parece que estamos diante de um carrinho de golfe
metido a besta. Mas bastam algumas voltas para se ter outra impressão. O
corpulento jornalista que vos escreve se acomoda bem: nada de apertos
ou pernas espremidas. Pé no freio, vira-se a chave e um apito quebra o
silêncio para avisar que o motor elétrico traseiro, de 13kW (o
equivalente a 17,6c v), está ligado.
Pulo /Três teclas à esquerda do volante oferecem as
opções de condução. Apertamos o “D”, pisamos o acelerador e, num
instante, passamos de 30km/h. O impulso inicial surpreende. São apenas
450kg de peso (ou seja: meio Fiat Uno e 2,37 m de comprimento.
Numa esticada de 15 0m passamos de 50 km/h — a máxima é de 80 km/h.
Para manter a estabilidade, a suspensão é dura. Mas, com isso, o Twizy
sacode forte em irregularidades.
A autonomia varia de 70 km a 100 km. São necessárias três horas para recarregar as baterias numa tomada de 220 v.
O modelo avaliado estava com as laterais abertas e é um grande barato
ter um pouco de motocicleta ao volante de um carro. Em dias de chuva,
basta instalar as portas do tipo tesoura (que abrem para a frente e o
alto).
Na Europa, o Twizy custa C 7 mil (o equivalente a R$ 18 mil). Além
disso, é preciso pagar de R$ 130 a R$ 260 todo mês pelo aluguel das
baterias. Mas nem se anime: não há planos de vender o modelo no Brasil.
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