De 430 conceitos e produtos brasileiros analisados pela Nielsen, apenas 24% estão prontos para serem colocados no mercado. Levantamento avalia principais pontos que podem ser trabalhados pelas empresas
Mais da metade das inovações realizadas pelas marcas não estão de acordo com os requisitos para terem êxito no ponto de venda.
É o que aponta um estudo realizado pela Bases, área da Nielsen que
pesquisa o provável desempenho de novos produtos. A análise mostra que,
em cada 10 itens e conceitos apresentados pela indústria brasileira, 54%
chegarão às gôndolas com falhas para atrair o público.
Nos últimos quatro anos, foram estudados 430 conceitos brasileiros nas
categorias de alimentos, limpeza, higiene pessoal e medicamentos. A
análise leva em conta 12 parâmetros divididos em cinco categorias, como
importância, comunicação, atração, ponto de venda e resistência, que são
classificados em quatro escalas (excelente, pronto, arriscado e
fracasso), de acordo com o potencial do produto e preparo para ser lançado no mercado. A Nielsen já examinou cerca de 130 mil iniciativas em 60 países desde 1977.
Segundo a pesquisa, os erros estão predominantemente em dois quesitos: poder de atração do produto e desejo de compra.
Ainda de acordo com o estudo, o mais importante é a marca conseguir se
diferenciar no ponto de venda e oferecer itens capazes de solucionarem
problemas do dia a dia.
A categoria de alimentos é a mais bem preparada para se comunicar com
os consumidores brasileiros nos pontos de venda, com 40%, em seguida
aparecem limpeza (31%), higiene pessoal (21%) e medicamentos (16%). Na
zona de ideias fadadas ao fracasso, os medicamentos apontam 63%, além de
risco de 21%, enquanto os itens de higiene pessoal possuem 60% e 19%,
respectivamente, nos dois quesitos. Limpeza e alimentos possuem índice
de 55% e 38% de fracasso e, consecutivamente, 14% e 22% de risco.
No setor de alimentos, os principais erros são o ceticismo do
consumidor sobre o sabor e o gosto, especificamente quando o produto é
saudável ou tem benefícios funcionais. Segundo o estudo, incluir imagens
de satisfação
pode ajudar na sua escolha. Já para os itens de limpeza, a pesquisa
demonstra que prometer uma eficiência melhor não é o bastante, mas é
necessário chamar atenção para benefícios adicionais.
Em higiene pessoal, é aconselhável apresentar vantagens efetivas e
mostrar fortes motivos para o consumidor acreditar na superioridade do
produto. Já para os medicamentos, a Nielsen indica que o conceito deve
transmitir credibilidade e pontos fortes de eficiência para convencer o
comprador.
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