Lançamento de embalagens cresce mais no Brasil do que no mundo em 2012
País registrou aumento de 16,1% no primeiro
trimestre do ano contra a média global de 15,9%, segundo levantamento
do Laboratório de Embalagem ESPM
produtos
colocados no mercado em 2011, os lançamentos de embalagens voltaram a
crescer no primeiro trimestre de 2012. No período, o Brasil atingiu um
aumento de 16,1%, com 3.307 embalagens lançadas, contra 2.849 no mesmo
trimestre de 2011. O índice alcançado pelo país ficou acima da média
global de expansão, que foi de 15,9%, com 76.106 embalagens contra as
65.668 do ano anterior.
Os resultados apurados pelo Laboratório de Embalagem ESPM, com base em
dados do GNPD – Mintel, mostram que o ano começou de forma mais ativa,
com as empresas levando mais produtos para o mercado. No mesmo período
de 2011, o mercado nacional havia registrado queda de 2,92%, enquanto
globalmente houve retração de 2,6%.
A Índia foi o mercado que mais cresceu em participação, com 4,5%,
ocupando o quinto lugar no ranking global. “Com a chegada do Walmart no
país e a adoção da venda no sistema de
auto-serviço,
tornou-se necessário pré-embalar os produtos para expô-los nas gôndolas
dos novos supermercados”, explica Fabio Mestriner, Coordenador do
Núcleo de Estudos da Embalagem ESPM.
Cosméticos continuam dominando globalmente
No ranking geral, apesar do crescimento, o Brasil caiu uma posição, passando a ocupar o sétimo lugar. Os Estados Unidos
continuam liderando, mas perdem em participação. “Antes da crise de
2008, os EUA respondiam por 18% dos lançamentos mundiais, agora
respondem por menos de 12%”, ressalta Mestriner.
Entre os 10 mercados, aparecem ainda Reino Unido (2º), Alemanha (3º),
França (4º), Japão (6º), China (8º), Canadá (9º) e Itália (10º). Mais
uma vez, os cosméticos dominam entre as categorias que mais lançaram
embalagens, respondendo por sete das 10 principais. O destaque ficou com
esmalte para unhas, que ultrapassou biscoitos doces (4º), chegando à
terceira posição.
Em primeiro lugar está maquiagem para os lábios, seguida por cuidado
facial/pescoço, que ocupa a segunda posição. Completam o ranking
produtos para o corpo (5º), produtos para banho (6º), shampoo (7º),
maquiagem para os olhos (8º), bolos e pastelaria (9º) e refeições
prontas (10º), que voltou a aparecer na listagem no período.
“A volta das refeições prontas ao top ten indica que esta categoria
assumiu uma dinâmica de Marketing mais agressiva em lançamentos de novas
embalagens e ganhou força no mercado, especialmente os sanduíches
prontos e alimentos prontos congelados”, diz Mestriner.
Alimentação lidera ranking nacional
No Brasil, os cosméticos perderam participação. Se antes também
ocupavam sete das 10 categorias principais, agora há apenas quatro no
ranking. Produtos para cabelos e maquiagem ficam na primeira e segunda
posições, respectivamente, enquanto produtos para pele estão no quarto
lugar, seguidos por sabonetes e produtos para o corpo, no quinto.
Alimentos respondem pelas outras seis categorias, com destaque para o
chocolate, que disparou devido à Páscoa e garantiu o nono lugar.
Completam a lista padaria (3º), molhos e temperos (6º), laticínios (7º),
snacks (8º) e doceria e gomas de mascar (10º). Já a Natura foi a
empresa que mais lançou embalagens no Brasil, seguida por Grupo
Boticário (2º), Unilever (3º), Eliana Mariani Pelizzon (4º), Avon (5º),
Puella Indústria e
Comércio de Cosméticos (6º), Nestlé (7º), Dia (8º), Yamá Cosméticos (9º) e House of Fuller (10º).
No ranking global, a Procter & Gamble lidera. Na sequência aparecem
Unilever (2º), Avon (3º), Nestlé (4º), Oriflame (5º), L’Oréal (6º),
Make-Up Art Cosmetics (7º), Aldi (8º), Tesco (9º) e Kraft Foods (10º).
No primeiro trimestre deste ano, as marcas próprias responderam por
23,9% dos lançamentos mundiais, um crescimento de 2% em relação à
participação do mesmo período de 2011. No Brasil, o índice foi menor e
as marcas próprias ficaram com uma fatia de 18,2%.
Naturalidade é destaque no posicionamento dos produtos
O posicionamento destacado nas embalagens evidencia os apelos que os
fabricantes consideram atrativos para o público ou as preocupações que
os indivíduos têm com os produtos que consomem. Mais uma vez, a
naturalidade está destacada no item “sem aditivos/conservantes”, que
ocupa a terceira posição, atrás apenas de botânico/herbal e hidratante.
Também está em evidência a preocupação com produtos éticos e
biodegradáveis (4º).
Completam a listagem tempo/rapidez (5º), duradouro/dura mais (6º),
fácil de usar (7º), brilhante/clareador (8º), fortificado com vitaminas
(9º) e vegetariano (10º). “A presença dos produtos vegetarianos entre os
10 posicionamentos mais adotados se deve ao ingresso dos supermercados
na Índia, o que vem gerando uma onda de lançamentos necessários para
abastecer as prateleiras com produtos pré-embalados”, conta Mestriner.
No Brasil, os produtos não alergênicos (1º) e sem glúten (2º) aparecem
em destaque nas embalagens, devido à legislação nacional que exige estas
informações. Na sequência estão botânico/herbal (3º), hidratante (4º),
ético/embalagem biodegradável (5º), testado dermatologicamente (6º),
tempo/rapidez (7º), duradouro/dura mais (8º), fortificado com vitaminas
(9º) e brilhante/clareador (10º).
Em relação aos tipos de embalagens mais utilizados neste início de
2012, as flexíveis mantiveram a liderança global, superando a garrafa –
de plástico ou vidro, que ocupa a segunda posição, seguida por
tubo/bisnaga (3º), frasco (4º), caixa de cartão (5º), sachê flexível
(6º), pote (7º), bandeja (8º), lata (9º) e estojo (10º). No Brasil, no
entanto, a garrafa ainda lidera o ranking, composto ainda por flexível
(2º), tubo/bisnaga (3º), pote (4º), caixa de cartão (5º), frasco (6º),
sachê flexível (7º), lata (8º), stand-up pouch flexível (9º) e aerosol
(10º).
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