Desde que a internet chegou ao país, muitas mudanças e tendências foram surgindo e desaparecendo. Um ciclo natural e tecnológico que perdura por um período, gera negócios, movimenta pessoas e simplesmente é deixado para trás, para dar espaço a inovações.
Atualmente o Brasil conta com aproximadamente 75 milhões de internautas, segundo dados do Ibope Nielsen. Além disso, cerca de 53 milhões desses usuários possuem pontos de acesso à internet em casa. Esses números são reflexo do surgimento de novos 40 milhões de consumidores, a chamada nova classe C, que já representa 52% dos e-consumidores, de acordo com o e-bit.
E, com esses parâmetros vemos um potencial muito grande em torno de dois pontos: relacionamentos sociais e comércio eletrônico. As pessoas querem cada vez mais suprir suas necessidades e desejos de forma clara, ágil e com o maior nível de comodidade possível. Esse novo consumidor clama por personalização, ele gosta de se sentir importante, necessário. Ele passa a prezar aquilo que venha para agregar aos seus gostos, seu perfil.
Ele quer nada mais, nada menos, que o seu universo dentro do computador. Uma mescla de realidade virtual e mundo real. Ele quer o encontro desses mundos. Seus amigos próximos, recomendando produtos e serviços, compartilhando pensamentos, consumindo em grupo. E, essa é a última evolução que o avanço da internet nos trouxe. Mas quais são as bases desses dois pontos? Onde estão os alicerces dessas tendências?
E, dessa forma, alavancando o e-commerce e as redes sociais, podemos verificar quatro pilares que farão esse período da internet manter-se extremamente ativo pelos próximos anos, desenvolvendo negócios e criando oportunidades de mercado. São eles:
Geolocalização: As pessoas querem cada vez mais informações, conteúdos e produtos próximos a elas. Essa proximidade não se restringe mais somente a estar na cidade em que moram. Elas querem um diferencial, comodidade, querem que o que buscam esteja no bairro em que residem, cada vez mais perto de casa, do trabalho, de onde elas se encontram.
Mobilidade: Com a geolocalização, podendo encontrar o que está mais próximo, vem a necessidade de poder acessar o conteúdo a partir de qualquer plataforma, ou seja, o conceito de plataformas móveis. E, nesse conceito, vemos mais uma vez a conciliação entre a realidade virtual e o mundo real. As pessoas querem acessar um site, buscar um conteúdo por meio do celular, de tablets ou notebooks. Elas querem a liberdade de poder escolher de onde vão acessar, e na hora em que vão acessar.
Colaboração: Por natureza as pessoas buscam opiniões antes de consumir e tomar decisões. Elas querem as mais diversas opiniões. E, com isso, cada vez mais vem crescendo a importância da geração colaborativa de conteúdo. Com a criação colaborativa, as informações e opiniões são passadas de forma mais humana, isenta do profissionalismo de um crítico, que muitas vezes fica muito distante da nossa realidade.
Recomendações: Quem não gosta de tratamento personalizado? Receber somente aquilo que se interessa, ter indicações de conteúdo, informações e produtos que tenham a ver com seu gosto pessoal, com seu estilo? A internet aliada à tecnologia tem essa capacidade de personalizar e recomendar. Levar somente aquilo que interessa ao usuário, fazer recomendações relevantes, criando uma relação de proximidade com o internauta.
Esses quatro pilares irão mudar a forma com que as pessoas consomem a internet e consomem na internet. Com esses conceitos, as redes sociais e o e-commerce desenvolvem-se continuamente, gerando o social-commerce.
A realidade já é essa! A partir de agora, com mais essa evolução no ciclo da internet, quaisquer negócios que venham a surgir no setor serão baseados nesses quatro pilares. Claro...até que venha uma nova onda...
Por Marcus Andrade, sócio fundador do Guidu
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