quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Desemprego na região metropolitana de SP diminui após seis meses estável

Contingente de desempregados chegou a 1,1 milhão de pessoas, 60 mil a menos do que no mês anterior

A taxa de desemprego na região metropolitana de São Paulo caiu para 10,6% em setembro e o contingente de desempregados chegou a 1,1 milhão de pessoas, 60 mil a menos do que no mês anterior. No mês de agosto, a taxa de desemprego ficou em 11,2%. Os dados fazem parte da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), divulgada hoje (26) pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade).

De acordo com o levantamento, foram geradas 106 mil ocupações e entraram para o mercado de trabalho 46 mil trabalhadores.

Segundo o coordenador da equipe de análise da PED, Alexandre Loloian, é a primeira vez em seis meses que a taxa de desemprego se reduziu. Nesse período, a pesquisa registrava estabilidade nos índices. “O principal motivo é o crescimento da ocupação que cresceu mais do que a quantidade de pessoas que foram para o mercado de trabalho”, analisou Loloian, da Fundação Seade.

O setor que mais contratou foi a indústria (4%) com a geração de 67 mil empregos, seguido pelo comércio (1,1% ou 17 mil vagas) e serviços (0,5% ou 26 mil). Outros setores não especificados apresentaram redução (-0,3% ou 4 mil postos de trabalho a menos). “A grande contribuição foi da indústria que vinha eliminando postos de trabalho e fez um ajuste em setembro, certamente para enfrentar as encomendas para o final do ano”.

A expectativa é a de que a indústria pare de contratar nos próximos meses, ao passo que o comércio e o setor de serviços devem aumentar as contratações, de acordo com o comportamento normal dos setores nesta época do ano. “Normalmente a indústria antecipa a contratação para a produção do fim do ano. Comércio e serviços vão ter que crescer em outubro, novembro e até dezembro. Se não tivermos nenhuma medida de contenção de crédito e consumo pode haver crescimento de comércio e serviços”.

 

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