quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Saraiva busca a reinvenção do seu negócio para não morrer

 

Rede aposta na digitalização dos produtos que vende 

A Saraiva sabe que precisa se reinventar todos os dias porque o seu negócio foi posto à prova com a digitalização de parte dos principais produtos comercializados há 97 anos. Livros, CDs, DVDs e Games estão sendo cada vez mais vendidos em formatos digitais. Este cenário está no horizonte da empresa desde 2008, quando o CEO da companhia, Marcilio Pousada, visitava os Estados Unidos e via as lojas da Blockbuster fechando e do outro lado da rua surgindo uma Apple Store com fila na porta.

Os produtos que eram vendidos em formato físico agora são comercializados e entregues via lojas virtuais e aplicativos para tables, smartphones e iPod. “Isso traz vários desafios para o nosso negócio, que pretende durar pelo menos mais 97 anos”, afirma o CEO da Saraiva durante palestra no Digitaling, Fórum Internacional de Varejo Digital. Que o diga a Amazon: de suas 10 categorias em destaque, as sete primeiras vendem produtos digitais. “Uma parte substancial do nosso negócio também será digital”, conta Marcilio Pousada.

Hoje, as vendas virtuais da Saraiva já representam 38% de todo o seu faturamento, incluindo quase uma centena de lojas físicas. A transformação da empresa pelo e-commerce começou em 1998. Mas foi apenas em 2007 que a companhia viu que precisava se reinventar. Naquele ano, a rede criou o Saraiva Digital, um serviço de revelação de fotos digitais que chega a produzir dois milhões de imagens por mês.

Já em 2009, a marca lançou a venda de filmes digitais e hoje tem um acervo de mais de quatro mil títulos, que podem ser baixados também por televisões da LG e para o iPad. Na categoria de livros, a Saraiva comercializa desde o ano passado 244 mil obras digitais. Em 2010, a empresa criou um aplicativo para realizar essas transações e hoje a ferramenta é a quarta mais baixada na APP Store.

Este é o foco da empresa. Vender serviços que não têm em estoque. A meta é chegar até 2020 com estas categorias representando 10% do faturamento. Dentro deste modelo está a venda de passagens aéreas e pacotes turísticos, com a Saraiva Viagens, cursos online, seguro, garantia estendida e uma novidade: a Saraiva Esportes. Por meio de uma parceria com a NetShoes, a marca passa a vender artigos esportivos dentro das próximas semanas.

 

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