Segundo secretário do Ministério, no entanto, 'ainda há um amplo universo de recursos para recorrer' antes de segmento atingir nível crítico
SÃO PAULO - O volume de crédito imobiliário já atingiu 62% dos depósitos da caderneta de poupança, segundo Dyogo Oliveira, secretário adjunto do Ministério da Fazenda. "Temos uma margem de 3% para trabalhar, o que já acende a luz amarela para nós. Mas acredito que ainda há um amplo universo de recursos para recorrer antes de atingirmos um nível crítico nesse segmento, como a indústria de fundos de pensão", acrescentou.
Ao mesmo tempo, Oliveira chama a atenção para a dimensão do mercado de crédito imobiliário dentro do Produto Interno Bruto (PIB) nacional e seu potencial para crescer. "Atingimos 5,02% do PIB, ficando uma posição a frente do Uruguai", afirmou, provocando risos da plateia. "Essa relação deve chegar a 10%, 12%, somando R$ 1 trilhão, a R$ 1,2 trilhão", estimou.
Para Fábio Nogueira, diretor da Brazilian Finance & Real Estate (BFRE), o desenvolvimento da securitização, que está sendo feito de forma privada no País, garantirá uma fonte segura de recursos quando a poupança já estiver próxima do esgotamento. "Não podemos esquecer que se a poupança atingir o limite permitido para o crédito imobiliário temos o mercado de CRIs, que é vasto e está crescendo", lembrou Nogueira, ao defender que é preciso quebrar a inércia, e isso se faz com ações.
Os executivos participaram na manhã de hoje do seminário "Ampliando o funding para o mercado imobiliário", promovido pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), na capital paulista.
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