Que o brasileiro é ávido por novidades e o mercado nacional de veículos está superaquecido, não há dúvidas. Mas nem sempre um novo produto é sinônimo de sucesso comercial. Das dezenas de carros inéditos lançados em 2010, apenas alguns obtiveram êxito nas vendas até agora. São exemplos o Citroën AirCross, o Fiat Novo Uno e o Hyundai ix35. Outro novato que vem surpreendendo pelo volume de pedidos é o pequeno Chery Face. O hatch compacto chinês, lançado em agosto do ano passado, não chegou às seis mil unidades previstas pela montadora, mas fez barulho ao somar 2.991 vendas até dezembro – média de quase 750 unidades/mês.
O mesmo não se pode dizer do médio Cielo, outro modelo lançado pela Chery pouco antes do Face, no fim de maio, nas carrocerias hatch e sedã. Apesar do preço atraente (R$ 41.900, nas duas versões) e da lista de série completa, o Cielo vendeu miúdas 1.012 unidades (649, para o hatch, e 363, para o sedã) em sete meses de mercado – média mensal de 145 emplacamentos. Ainda assim, o médio chinês não chega a ser uma decepção, como foi (até agora) a perua Hyundai i30 CW. Lançada em meados de julho, a station wagon derivada do hatch i30 – líder em seu segmento– totalizou apenas 580 unidades em cinco meses. Foram tímidas 116 vendas mensais.
Ainda assim, observando o segmento de peruas médias, a i30 CW não foi tão mal. Ficou em terceiro lugar num segmento com apenas três modelos – além da Hyundai, disputam vendas a Renault Mégane GT e a Volkswagen Jetta Variant. Mas a station não repetiu o sucesso do hatch médio i30, que encerrou 2010 como líder no seu nicho e quase 36 mil unidades. Outro Hyundai que vêm crescendo em volume é o utilitário-esportivo ix35, o sucessor do Tucson – que agora é nacional, feito em Anápolis, no interior de Goiás. O SUV sul-coreano chegou em agosto e, em cinco meses, emplacou 6.798 unidades, com média respeitável de 1.360 entregas/mês.
Também embalado pela “febre” dos utilitários, o Citroën AirCross é outro que surpreendeu positivamente nas vendas até aqui. Lançado no fim de agosto do ano passado, o crossover compacto chegou para afrontar o Ford EcoSport. E conseguiu fazer bonito, com 4.254 unidades acumuladas. O total parece pouco diante das duas mil unidades pretendidas pela Citroën. Mas o modelo começou a vender mesmo em outubro, quando conseguiu 786 pedidos. Em novembro e dezembro, o crossover obteve 3.187 emplacamentos, média de quase 1.600 vendas mensais. Em janeiro, com 1.199 entregas, foi o terceiro mais emplacado, atrás de EcoSport e Honda CR-V.
Já com a picape compacta Chevrolet Montana, que foi amplamente modificada no fim de setembro, aconteceu o contrário. Em vez de despontar nas vendas, o utilitário estacionou. No primeiro mês “cheio”, os emplacamentos caíram das 2.825 unidades (setembro) para 2.070 (outubro). Em novembro, a Montana ficou estável (2.188 unidades) e em dezembro veio o ápice: 4.254 modelos da picape pequena vendidos, total superior às 3.500 unidades mensais previstas pela General Motors. Só que nesse mesmo mês a líder Fiat Strada somou 11.979 unidades, enquanto a vice-líder Volkswagen Saveiro registrou 5.967 pedidos.
Em janeiro a Montana melhorou, com 2.581 entregas. De qualquer forma, o desempenho da Montana foi bem mais “saboroso” para a GM que o das picapes Peugeot Hoggar e Volks Amarok – ambas estreantes em seus segmentos. A Hoggar foi apresentada pela marca francesa nos últimos dias de abril, enquanto a Amarok foi lançada em janeiro, mas só chegou às lojas em maio, coincidentemente junto com a “picape by Peugeot”. E os resultados obtidos pelos modelos podem ser considerados desastrosos, pelo menos em 2010. Enquanto a Hoggar somou 4.027 unidades até dezembro, a Amarok vendeu 3.385 modelos no período – a Toyota Hilux, principal concorrente, totalizou 33,6 mil unidades no ano.
São desempenhos que contrastam com a boa chegada do Fiat Novo Uno, lançado dias depois, no início de maio. O hatch popular da marca italiana caiu rapidamente no gosto dos brasileiros, chegando a ameaçar a liderança de mais de 20 anos do Volkswagen Gol. Claro, o veterano Mille permanece em linha e também faz volume nos emplacamentos do subcompacto. Mas basta olhar os números para perceber que o Novo Uno é um sucesso de vendas. A nova geração fez as vendas saltarem das 168.499 unidades, vendidas em 2009, para as 229.323 unidades em 2010 – um avanço de 73,4% no acumulado, crescimento muito superior ao do mercado (10,6%).
Em 2011, o mercado brasileiro deve receber mais de 80 modelos inéditos, fora os lançamentos do fim do ano passado – que foram muitos. Há mais de uma dezena de modelos cujo desempenho ainda é uma incógnita. O médio Fiat Bravo, por exemplo, chegou às revendas em dezembro, mas não fez “barulho” até agora: apenas 527 emplacamentos em janeiro. Já o Hyundai Sonata arrematou 624 unidades em seu primeiro mês (janeiro), mais que o triplo das 203 unidades somadas no período pelo Chevrolet Malibu, outro modelo acanhado em 2010. A lista dos recém-chegados ainda traz Renault Fluence, os Kia Cadenza e Sportage e os crossovers Peugeot 3008 e Mitsubishi ASX, sem falar nos muitos chineses. E aí, quem emplaca em 2011?
O mesmo não se pode dizer do médio Cielo, outro modelo lançado pela Chery pouco antes do Face, no fim de maio, nas carrocerias hatch e sedã. Apesar do preço atraente (R$ 41.900, nas duas versões) e da lista de série completa, o Cielo vendeu miúdas 1.012 unidades (649, para o hatch, e 363, para o sedã) em sete meses de mercado – média mensal de 145 emplacamentos. Ainda assim, o médio chinês não chega a ser uma decepção, como foi (até agora) a perua Hyundai i30 CW. Lançada em meados de julho, a station wagon derivada do hatch i30 – líder em seu segmento– totalizou apenas 580 unidades em cinco meses. Foram tímidas 116 vendas mensais.
Ainda assim, observando o segmento de peruas médias, a i30 CW não foi tão mal. Ficou em terceiro lugar num segmento com apenas três modelos – além da Hyundai, disputam vendas a Renault Mégane GT e a Volkswagen Jetta Variant. Mas a station não repetiu o sucesso do hatch médio i30, que encerrou 2010 como líder no seu nicho e quase 36 mil unidades. Outro Hyundai que vêm crescendo em volume é o utilitário-esportivo ix35, o sucessor do Tucson – que agora é nacional, feito em Anápolis, no interior de Goiás. O SUV sul-coreano chegou em agosto e, em cinco meses, emplacou 6.798 unidades, com média respeitável de 1.360 entregas/mês.
Também embalado pela “febre” dos utilitários, o Citroën AirCross é outro que surpreendeu positivamente nas vendas até aqui. Lançado no fim de agosto do ano passado, o crossover compacto chegou para afrontar o Ford EcoSport. E conseguiu fazer bonito, com 4.254 unidades acumuladas. O total parece pouco diante das duas mil unidades pretendidas pela Citroën. Mas o modelo começou a vender mesmo em outubro, quando conseguiu 786 pedidos. Em novembro e dezembro, o crossover obteve 3.187 emplacamentos, média de quase 1.600 vendas mensais. Em janeiro, com 1.199 entregas, foi o terceiro mais emplacado, atrás de EcoSport e Honda CR-V.
Já com a picape compacta Chevrolet Montana, que foi amplamente modificada no fim de setembro, aconteceu o contrário. Em vez de despontar nas vendas, o utilitário estacionou. No primeiro mês “cheio”, os emplacamentos caíram das 2.825 unidades (setembro) para 2.070 (outubro). Em novembro, a Montana ficou estável (2.188 unidades) e em dezembro veio o ápice: 4.254 modelos da picape pequena vendidos, total superior às 3.500 unidades mensais previstas pela General Motors. Só que nesse mesmo mês a líder Fiat Strada somou 11.979 unidades, enquanto a vice-líder Volkswagen Saveiro registrou 5.967 pedidos.
Em janeiro a Montana melhorou, com 2.581 entregas. De qualquer forma, o desempenho da Montana foi bem mais “saboroso” para a GM que o das picapes Peugeot Hoggar e Volks Amarok – ambas estreantes em seus segmentos. A Hoggar foi apresentada pela marca francesa nos últimos dias de abril, enquanto a Amarok foi lançada em janeiro, mas só chegou às lojas em maio, coincidentemente junto com a “picape by Peugeot”. E os resultados obtidos pelos modelos podem ser considerados desastrosos, pelo menos em 2010. Enquanto a Hoggar somou 4.027 unidades até dezembro, a Amarok vendeu 3.385 modelos no período – a Toyota Hilux, principal concorrente, totalizou 33,6 mil unidades no ano.
São desempenhos que contrastam com a boa chegada do Fiat Novo Uno, lançado dias depois, no início de maio. O hatch popular da marca italiana caiu rapidamente no gosto dos brasileiros, chegando a ameaçar a liderança de mais de 20 anos do Volkswagen Gol. Claro, o veterano Mille permanece em linha e também faz volume nos emplacamentos do subcompacto. Mas basta olhar os números para perceber que o Novo Uno é um sucesso de vendas. A nova geração fez as vendas saltarem das 168.499 unidades, vendidas em 2009, para as 229.323 unidades em 2010 – um avanço de 73,4% no acumulado, crescimento muito superior ao do mercado (10,6%).
Em 2011, o mercado brasileiro deve receber mais de 80 modelos inéditos, fora os lançamentos do fim do ano passado – que foram muitos. Há mais de uma dezena de modelos cujo desempenho ainda é uma incógnita. O médio Fiat Bravo, por exemplo, chegou às revendas em dezembro, mas não fez “barulho” até agora: apenas 527 emplacamentos em janeiro. Já o Hyundai Sonata arrematou 624 unidades em seu primeiro mês (janeiro), mais que o triplo das 203 unidades somadas no período pelo Chevrolet Malibu, outro modelo acanhado em 2010. A lista dos recém-chegados ainda traz Renault Fluence, os Kia Cadenza e Sportage e os crossovers Peugeot 3008 e Mitsubishi ASX, sem falar nos muitos chineses. E aí, quem emplaca em 2011?
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