País sentirá mais efeitos do furacão; estragos atingem comércio e publicidade
Depois de deixar toda a costa Leste dos Estados
Unidos em alerta na última semana e causar destruição em várias cidades
americanas, o furacão Sandy também deixou estragos na economia
americana. Além de efeitos pontuais como o congelamento da maior parte
das negociações e interrupção do comércio, bem como do fornecimento de
energia, a tempestade também terá danos a longo prazo.
De acordo com analistas financeiros, o prejuízo
pode chegar a US$ 500 milhões para o setor de comunicação e propaganda.
Isso porque a área afetada, em especial Nova York, Nova Jersey e
Connecticut, abriga um grande número de agências e anunciantes. Segundo o
Advertising Age, 20,8% dos empregos em publicidade, relações públicas e
mídia estão baseados na região. Como houve blecaute, dezenas de horas
de programas televisivos e comerciais deixaram de ser transmitidos, e
outras mídias, como out of home, impressa e online, também tiveram
interrupções ou diminuições significativas na audiência.
A grade de comerciais já estava bastante comprimida
no país devido às eleições presidenciais, que ocupam boa parte da mídia
e dos intervalos— estes também mais curtos por causa dos boletins de
urgência e campanhas de conscientização e orientação da população. A
única mídia que não sofreu tanto foi a online, uma vez que a procura por
informações na web foi muito intensa, compensando parte da perda de
tráfego.
No mercado financeiro, Wall Street — que abriga
tanto a Bolsa de Valores de Nova York quanto a Nasdaq — não operou nos
dias de maior tensão, provocando baixas nos índices internacionais. A
tempestade ainda gerou o cancelamento de diversos fatos relevantes, como
anúncios públicos de Google e Facebook para novos produtos.
O comércio local também sofreu, uma vez que a
maioria das lojas não abriu durante o período de alerta, e as que
abriram sofreram tanto com a falta de oferta por parte dos fornecedores
quanto com a de demanda, já que boa parte da população estocou
mantimentos e não saiu de casa. Para tentar compensar as perdas, os EUA
já preparam dias de liquidação e preços especiais pós-desastre.
*com informações do Advertising Age
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