Com o apelo da solidez do investimento em imóveis, e também com a oferta
de praticidade e liquidez, os fundos imobiliários vêm conquistando os
brasileiros.
O número de investidores em fundos imobiliários listados na
BM&FBovespa aumentou 89% nos últimos 12 meses até outubro. Já o
volume de negócios mais que dobrou no período de janeiro a outubro em
relação ao registrado em todo o ano passado.
Os fundos de investimento imobiliário procuram obter retorno por meio da locação ou venda de imóveis.
São formados por grupos de investidores. Cada poupador compra cotas e
passa a ser um dos donos do fundo, que tem o patrimônio formado por um
ou mais imóveis.
Assim, o pequeno investidor pode ter acesso a empreendimentos de alto
valor e a inquilinos de primeira linha, como grandes empresas.
Além da histórica simpatia dos brasileiros pelo mercado imobiliário, o
cenário macroeconômico ajuda a explicar o sucesso recente dessa
aplicação financeira.
"Com a queda da taxa de juros, todos começam a avaliar mais o destino
dos recursos para fazer poupança", afirma Fábio Dutra, diretor de renda
fixa, câmbio e derivativos da BM&FBovespa.
Em outubro, os fundos imobiliários possibilitaram ao cotista rendimento
médio de 0,65%, segundo levantamento da consultoria Fundo Imobiliário
com 47 fundos.
Editoria de arte/Folhapress |
Considerando o valor das cotas no lançamento, o rendimento médio sobe
para 1,12%. Já o CDI, referência para as aplicações em renda fixa, ficou
em 0,61% no mesmo período.
ISENÇÃO DE IR
Outra vantagem dos fundos imobiliários é a isenção de Imposto de Renda
para pessoa física. Descontando do ganho do CDI a menor alíquota de IR,
de 15%, o rendimento das aplicações em renda fixa cai para 0,52%.
Com o apelo do IR, as pessoas físicas representam quase a totalidade dos investidores nesses fundos (99%).
O baixo valor inicial exigido nessas aplicações -a partir de R$ 1.000- também atrai o pequeno poupador.
Outra possibilidade de ganho do investidor é com a valorização das cotas
na BM&FBovespa, onde a maioria dos fundos é negociada.
Com a expansão do mercado, a BM&F lançou, em setembro, o IFIX
(Índice de Fundos de Investimento Imobiliário), para acompanhar o
desempenho dos fundos.
CUIDADOS
Para os interessados em aplicar nesses fundos, Rodrigo Machado,
vice-presidente do comitê de produtos imobiliários da Anbima (associação
das entidades do mercado financeiro e de capitais), tem duas
recomendações.
Antes de escolher, o investidor deve pesquisar o histórico dos gestores
envolvidos na operação e analisar o ativo que compõe o fundo, o
inquilino, as características do contrato e as taxas cobradas.
As informações podem ser encontradas no prospecto das ofertas.
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