Após a definição dos vencedores das licitações para relógios de rua e abrigos de ônibus, consórcios começam a desenhar planos comerciais antes da Copa de 2014
O contrato
entre o governo municipal e o consórcio A Hora de São Paulo — formado
pelas empresas JCDecaux Ameriques, JCDecaux do Brasil e Publicrono —,
que vai explorar os novos relógios, foi assinado na terça-feira 6 e o
primeiro passo é livrar-se dos modelos antigos. “Decidimos adiantar
nosso cronograma por causa do estado de alguns relógios que estão
depredados, queimados e caídos”, explicou Ana Célia Biondi, responsável
pelo consórcio. Depois de retirados, começam as obras civis para
preparação do terreno, inclusive com instalação de cabeamento, já que os
novos modelos terão conectividade com uma central, o que permitirá a
atualização de informações até mesmo para regiões específicas. “É um
serviço de informação, como mudança de local e horário de uma feira na
vila Madalena, por exemplo. Ou então a chegada do horário de verão em
tal dia”, exemplifica.
Segundo Célia, a gestão das informações
úteis será feita pelo governo da maneira que achar conveniente. “Quem
vai decidir se deve ser informado e o que deve ser informado é a própria
Prefeitura”, conta. Além disso, o relógio fornecerá a hora certa, a
temperatura do local e a qualidade do ar. Independentemente de o espaço
publicitário ser vendido ou não, o contrato assinado com a prefeitura
prevê o pagamento de R$ 68 milhões por parte do consórcio e os
investimentos nos novos modelos é da ordem de R$ 240 milhões, de acordo
com a Prefeitura Municipal.
Já o contrato com o consórcio Pra
SP (formado pelas empresas Odebrecht Transport, Rádio e Televisão
Bandeirantes, Kalítera Engenharia e APMR Investimentos e Participações)
deve ser assinado ainda em novembro. Depois disso, o consórcio vai
reiterar o projeto com a prefeitura e após 90 dias começa a instalar os
novos abrigos de ônibus. O pagamento total do consórcio à prefeitura é
de R$ 340 milhões.
Assim como no caso dos relógios, o consórcio
não deve repassar um valor para a Prefeitura proporcional aos espaços
comercializados. O primeiro passo a ser dado é a substituição dos pontos
de ônibus que se encontram em pior estado — os do centro da cidade, por
exemplo. “Fizemos um mapeamento e muitos metais estão enferrujados, o
que é perigoso para o usuário”, ressalta Violeta Noya, representante do
consórcio.
A Prefeitura estabeleceu o prazo de cinco anos para
que os 6.500 abrigos existentes na cidade sejam substituídos. Além
disso, o consórcio se propôs a implantar mil novos abrigos e 12.500
totens. A ideia inicial é de destinar 20% dos abrigos para anunciantes
menores, enquanto 80% estarão disponíveis aos grandes anunciantes,
explica Violeta “Estamos trabalhando com a projeção de 20 roteiros de
500 unidades, aproximadamente. Isso significa que um roteiro, por
exemplo, fará o trajeto avenida Juscelino Kubitschek, Mooca, avenida
Paulista e locais menos movimentados para garantir que os anunciantes
menores também tenham um bom local de exposição”, detalha a
representante.
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Crédito: Divulgação
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