Após desistir do investimento em publicidade no Facebook e de avisar
que deixará também de anunciar durante o lucrativo, mas dispendioso,
Super Bowl (a final do campeonato de futebol americano, considerado um
dos maiores eventos do mundo em termos de marketing), a General Motors
assinou nesta quinta-feira (31) acordo de patrocínio com o Manchester
United, time de futebol da primeira divisão inglesa e um dos principais
clubes da Europa (saiba mais sobre o clube aqui).
O contrato entre a GM e o Manchester United terá validade de cinco anos
e, curiosamente, envolve a marca Chevrolet, atualmente a principal
bandeira do grupo automotivo norte-americano, mas que não é apreciada na
Inglaterra -- lá, é a Vauxhall, braço local da alemã Opel, quem dá as
cartas, quando o assunto é General Motors. De qualquer forma, a
Chevrolet está em alta, inclusive na Europa, e Opel e Vauxhall, em
queda. Assim, a parceria foi anunciada em Xangai, na China, país onde o
clube inglês disputa dois jogos amistosos e que também abriga a sede da
divisão internacional da GM.
"Como a Chevrolet segue crescendo como marca global, este é o momento
certo para assumir um compromisso e marcar presença no futebol
internacional", afirmou Joel Ewanick, chefe de marketing global da GM.
"Temos a ambição de nos unirmos ao futebol de um modo que supere o
simples patrocínio", concluiu.
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Economia com publicidade deve bancar nova geração das picapes Silverado (foto) e GMC Sierra
MAIS POR MENOS
O objetivo da fabricante americana ao trocar o Super Bowl pela vitrine global proporcionada pelo Manchester United é economizar. E economizar o suficiente para bancar a produção da nova geração das picapes Chevrolet Silverado/GMC Sierra e um SUV baseado nos utilitários.
O objetivo da fabricante americana ao trocar o Super Bowl pela vitrine global proporcionada pelo Manchester United é economizar. E economizar o suficiente para bancar a produção da nova geração das picapes Chevrolet Silverado/GMC Sierra e um SUV baseado nos utilitários.
Os valores a serem pagos pela GM não foram divulgados, mas o patrocínio
faz parte de um plano que pretende otimizar os gastos publicitários da
marca e economizar até US$ 2 bilhões em cinco anos, ao mesmo tempo em
que mantém a visibilidade mundial da marca. Em 2011, aponta o boletim
"Automotive News", a fabricante gastou US$ 4,48 bilhões (cerca de R$ 9
bilhões) em propaganda -- deste total, cerca de US$ 30 milhões (R$ 60
milhões) foram utilizados para publicidade no Facebook e outros US$ 10
milhões (R$ 20 milhões) em diversas outras campanhas na internet.
O cálculo para a economia -- e até para um ganho maior -- é simples: os
jogos do clube inglês são transmitidos para 1,15 bilhão de casas em
todo o mundo. Segundo dados da companhia, o campeonato de futebol
americano é acompanhado por cerca de 400 milhões de pessoas. O clube
inglês, sozinho, vende mais camisas do que todos os times da liga de
futebol americano juntos. Ou seja, pode render mais dividendos.
Apesar disso, o acordo não prevê o uso da gravatinha dourada da
Chevrolet no uniforme do Manchester United -- o espaço na camisa é
reservado ao principal patrocinador do clube, a companhia inglesa de
seguros Aon Corp, e vale 20 milhões de libras (mais R$ 62 milhões)
anuais. Outro patrocinador do clube, a empresa de entregas DHL, tem um
contrato de 40 milhões de libras (R$ 124,5 milhões) para estampar seu
logo no agasalho do United. Assim, a Chevrolet vai estampar seu logo nos
agasalhos de treino, no banco de reservas e em placas publicitárias do
estádio do Manchester United. A aparição de jogadores em campanhas
também está prevista.
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