Opção em quase 25% das transações bancárias, o internet banking se
tornou o principal canal para os bancos, segundo pesquisa divulgada
ontem pela Febraban (Federação Brasileira dos Bancos).
O meio passou inclusive os lançamentos efetuados automaticamente por sistema (cobranças de taxas e impostos).
"Hoje, o cliente utiliza o canal que ele quiser, quando quiser", diz
Gustavo Roxo, vice-presidente da consultoria Booz & Company. A
conveniência e o aumento do uso da internet puxaram a virada.
Como consequência pela mudança na preferência do consumidor, diminuiu a
procura por alguns serviços feitos somente em agências, como a
compensação de cheques, que caiu 10% em 2011.
O gosto do brasileiro pela internet não ocorreu por falta de
investimento na abertura de novas agências. Em 2011, o número de
agências cresceu 7,5%, chegando a 21,3 mil no Brasil.
Isso elevou a densidade de agências para níveis de países desenvolvidos.
São 9 a cada 10 mil habitantes --na União Europeia é de 9,9; nos EUA,
de 13,8.
"As agências focarão no relacionamento com os clientes e atuarão como
consultoria para produtos mais complexos como crédito imobiliário,
previdência e fundos de investimento", afirma Luís Antônio Rodrigues,
diretor de tecnologia e automação bancária da Febraban.
A internet acabou de se tornar o principal canal e a Febraban já projeta
uma nova mudança. O mobile banking deve se difundir conforme a venda de
smartphones, que crescerá 73%, segundo estimativa da consultoria em
tecnologia IDC.
Hoje, apenas 3% das contas-correntes acessam serviços bancários por
tablets e smartphones. Mas, nos próximos cinco anos, o número deve quase
igualar-se ao internet banking. Em 2017, serão 60 milhões de contas no
internet banking e 40 milhões no mobile --se houver maior convergência
digital, serão 50 milhões.
Usado para pagamentos e consultas a saldo, o mobile não intensifica a
bancarização (entrada de clientes no sistema bancário), diz Roxo.
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