A fabricante chinesa Lifan Motors e a importadora brasileira Effa Motors formaram uma joint venture para aumentar em 150% a produção de automóveis no Uruguai até 2013. Com isso, as empresas estimam elevar em quase dez vezes --para 20 mil por ano-- as vendas no Brasil.
A importação dos veículos do país vizinho não sofre influência do aumento em 30 pontos percentuais do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) graças a uma exceção aberta pelo governo brasileiro ao Uruguai.
Segundo a Fenabrave (federação dos distribuidores de veículos), a marca vendeu 2.822 automóveis em 2011 no Brasil. De acordo com a Lifan no Brasil, a intenção é aumentar a produção para 50 mil unidades por ano.
A formação da joint venture vai injetar US$ 120 milhões na ampliação da fábrica em San José, cidade próxima a Montevidéu, e também será destinado ao marketing e lançamento de quatro novos modelos de veículos da marca.
Segundo o porta-voz da empresa chinesa no Brasil, Clóvis Rodrigues, a Lifan Motors do Brasil vai comercializar os veículos em toda a América do Sul. No país, a marca está há 14 meses, representada pela Effa.
Segundo ele, a joint venture é o primeiro passo para uma fábrica no Brasil. A unidade terá capacidade para 100 mil veículos por ano. A previsão é iniciar as obras em 2014. A montadora negocia incentivos com os Estados.
"O mercado automotivo brasileiro é substancial", disse Rodrigues, antes de afirmar que a "grande vantagem do negócio" foi ter a montagem no Uruguai, que não tem fábrica de autopeças suficientes para atender os 65% de conteúdo nacional.
"[O aumento do IPI para carros importados] impulsionou a formação da joint venture porque, quando se fala em aumento de 30 pontos percentuais do IPI, é uma quantidade substancial", afirmou o porta-voz.
Ele não soube informar a quantidade de empregos que serão gerados com a ampliação da fábrica no Uruguai. No Brasil, a intenção da marca é dobrar o número de concessionárias. Hoje, são 50 lojas nas grandes cidades.
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